XXI ALAM
Resumo:1410-1


Poster (Painel)
1410-1Pesquisa de atividade antifúngica in vitro de óleos vegetais diluídos em diferentes solventes frente a leveduras
Autores:Laila Martins Camargo (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Luzia Lyra (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Edson Aparecido da Luz (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Franqueline Reichert Lima (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Adenilza Cristina da Silva (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Vanessa Salvadego de Queiroz (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Angélica Zaninelli Schreiber (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

Algumas espécies de leveduras do gênero Candida integram a microbiota do homem, entretanto em algumas ocasiões, as mesmas por serem comensais e oportunistas, podem causar danos ao organismo ao se multiplicarem em demasia. Pacientes imunocomprometidos são os mais acometidos por esse tipo de infecção e isso faz com que esses micro-organismos tornem-se foco de estudo. Entre as espécies de Candida consideradas patogênicas tem-se Candida albicans como a mais frequente causa de candidíases, seguida por C.tropicalis, C.glabrata, C.parapsilosis e C.krusei. Muitos antifúngicos comumente utilizados no tratamento de micoses sistêmicas apresentam efeitos colaterais graves ao paciente devido à toxicidade e interação medicamentosa. Em adição, a administração desses antifúngicos por tempo prolongado, pode tornar algumas cepas resistentes. É comprovado que alguns fitoterápicos apresentam poderosa ação antimicrobiana, muitas vezes, com menor toxicidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, o efeito antifúngico de óleos vegetais de alfazema, arruda, copaíba, cravo, eucalipto, jaboticaba, laranja, limão (cravo, siciliano e taiti), macadamia, macadarina verde, macela do campo, manjericão, manjerona, hortelã e palma rosa, contra C. albicans ATCC®90028, C. krusei ATCC® 6258 e C. parapsilosis ATCC® 22019, através da técnica de disco difusão conforme normas do CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute M2-A8). Visando manter a concentração e preservar a pureza das substâncias foram avaliados três diferentes solventes, Polietileno Glicol (PEG) e Pluronic (PLURO), utilizados na indústria cosmética e Dimetilsulfóxido (DMSO), comumente usado nas atividades laboratoriais. Os óleos de limão cravo e macela do campo apresentaram melhor atividade antifúngica frente aos micro-organismos, principalmente contra C. krusei levedura naturalmente resistente ao fluconazol, antifúngico comumente usado na terapêutica clínica. Os halos de inibição foram respectivamente de 37 e 20 mm, sendo ambos diluídos em PEG. É provável a inibição de crescimento seja devida às alterações nas propriedades de membrana das leveduras. Conclui-se que limão cravo e macela do campo apresentaram os melhores resultados pela combinação de promissora propriedade antimicrobiana e da escolha do diluente mais compatível, ambas fundamentais para a aplicação fitoterápica de substâncias de origem vegetal.


Palavras-chave:  ação antifúngica, Candida sp, óleo vegetal