XXI ALAM
Resumo:1397-1


Poster (Painel)
1397-1PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE HIDROLISADOS DE FARELO DE MANDIOCA USANDO LEVEDURAS ÁLCOOL RESISTENTE
Autores:Ixthá Hasselmann Valeriano (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Thamara Gonçalves de Azeredo (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Edmar das Mercês Penha (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / EMBRAPA - Embrapa Agroindústria de Alimentos) ; Márcia Monteiro Machado Gonçalves (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

O custo do bioetanol frente à gasolina sofre grandes oscilações ao longo do ano devido, em grande parte, à sazonalidade da cana-de-açúcar, principal matéria-prima utilizada no Brasil para a produção deste combustível. O uso de fontes alternativas a esta biomassa açucarada pode ajudar a estabilizar o seu preço, como milho (fonte amilácea) e palha de cana (fonte celulósica). Em tempos de desenvolvimento sustentável, busca-se aproveitar os resíduos da agroindústria brasileira para produzir etanol, pois estes são ricos em polissacarídeos não diretamente fermentescíveis, abundantes e chegam a ser considerados um problema ambiental. O farelo de mandioca, subproduto da fabricação de fécula (amido) e farinha de mandioca, contém em média 75% de amido e 11,5% de fibras. Estudos mostram que este amido, previamente hidrolisado, pode ser fermentado por leveduras do gênero Saccharomyces. Neste trabalho, objetiva-se hidrolisar enzimaticamente o amido do farelo de mandioca e avaliar a fermentabilidade do hidrolisado com uma linhagem de S. cerevisiae modificada geneticamente para ser álcool resistente (AR). Primeiramente, determinou-se o teor de amido no farelo fornecido pela Halotek Fadel Industrial Ltda, que correspondeu a 59,5% da massa total. Em seguida, foi realizada a hidrólise enzimática desta matéria prima, empregando α-amilase e glucoamilase comercias, visando a obtenção de 1L de hidrolisado com teor de glicose superior a 100 g.L‾1. Este hidrolisado foi fortificado com extrato de levedura (1%) e peptona de carne (1%), esterilizado e fermentado em reator Biostat A Plus (Sartorius) de 3L, em regime de batelada, a 30°C, pH 5,5 e 100 rpm. Como inóculo foram utilizados cerca de 3 g.L‾1 (massa seca) de S. cerevisiae AR, crescida por 24h em meio YEDP com 2% de glicose. A concentração máxima de etanol obtida foi de 42,9 g.L‾1 em 24 horas de fermentação, com uma eficiência de fermentação de 67%. Estes primeiros resultados não permitiram evidenciar a tolerância ao álcool da linhagem utilizada. Além disso, foi observada uma fase lag nas primeiras quatro horas de fermentação que pode estar relacionada à necessidade de uma pré-adaptação da levedura ao hidrolisado.


Palavras-chave:  Resíduos amiláceos, Hidrólise enzimática, Etanol, Fermentação alcoólica