XXI ALAM
Resumo:1380-1


Poster (Painel)
1380-1Influência de amostras comensais na formação de biofilme em amostras de Escherichia coli enteropatogênica atípica
Autores:Juliana Suyama Higa (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Cristiane Moda Mota (IBU - Laboratório de Bacteriologia, Instituto Butantan) ; Hebert Fabricio Culler (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Renato de Mello Ruiz (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Vanessa Bueris (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Marcia Regina Franzolin (IBU - Laboratório de Bacteriologia, Instituto Butantan) ; Marcelo Palma Sircili (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan)

Resumo

Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) é um dos agentes etiológicos de diarréia persistente em crianças. Amostras de EPEC atípicas (aEPEC) não transportam o plasmídio EAF (EPEC adherence factor) e ultimamente tornaram-se os agentes bacterianos mais comuns em nosso meio, como causa de diarréia. A adesão em células epiteliais formando microcolônias é uma característica marcante de EPEC, possibilitando a formação de biofilme que são associados à persistência bacteriana e a resistência a antimicrobianos. aEPEC de diversos padrões de adesão formam biofilmes em superfícies abióticas e em superfícies celulares pré-fixadas. Sabe-se que muitos mecanismos em E. coli, dentre eles alguns patogênicos, são controlados por sistema de quorum sensing e que as aEPEC possuem genes responsáveis por esse sistema. Diferentes bactérias podem utilizar moléculas autoindutoras produzidas por outras espécies bacterianas. O objetivo deste estudo é verificar a influência de amostras presentes na microbiota intestinal na formação de biofilme por aEPEC em experimentos de co- cultura e experimentos com utilização de meios pré- condicionados (MPC) que possam conter esses autoindutores. A formação de biofilme das amostras de aEPEC BA320 e BA4157, foi analisada através do teste colorimétrico de Cristal Violeta por períodos de 24h, 48h e 72h, empregando quatro meios de cultura diferentes, LB, DMEM suplementado com 0,4% de glicose, caldo E. coli e o MPC preparado utilizando as amostras de E.coli e Klebsiella pneumoniae comensais e com a cepa a ser estudada. A análise dos resultados demonstrou que, em MPC, embora não haja modificação na intensidade de formação do biofilme, há uma alteração quando comparada ao controle que utiliza somente o meio de cultura. Em ambas, a formação foi menor quando utilizados os MPCs de E.coli e K.pneumoniae. Entretanto, quando utilizado o MPC delas próprias, observou-se uma redução na formação na amostra BA4157 e um aumento na BA320. Sabe-se que bactérias podem reconhecer autoindutores produzidas por elas próprias e por outras espécies. Os MPCs podem conter estes autoindutores, que possibilitariam a alteração na formação do biofilme, sugerindo que moléculas produzidas por bactérias intestinais são reconhecidas pelas aEPEC, demonstrando que há uma interação inter-específica entre bactérias comensais com cepas patogênicas


Palavras-chave:  Biofilme, Escherichia coli, Meio pré- condicionado, Quorum Sensing