XXI ALAM
Resumo:1355-2


Poster (Painel)
1355-2Perfil de resistência em Staphylococcus aureus isolados de pacientes da Dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu/SP
Autores:Camila Sena Martins de Souza (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Mariana Fávero Bonesso (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Staphylococcus aureus são os principais agentes em infecções de pele e tecidos moles. As infecções podem atingir desde tecidos superficiais até os mais profundos, onde penetram através do rompimento das barreiras naturais. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil clonal dos isolados de S. aureus resistente a meticilina (MRSA), detectar o gene de resistência a meticilina (mecA), detectar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) para Oxacilina, Trimetoprim/Sulfametoxazol, Clindamicina, Linezolida, Quinupristina/Dalfopristina e Vancomicina em 50 isolados de S. aureus provenientes de pacientes da Seção de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu/SP. A análise do perfil clonal foi realizada por Pulsed Field Gel Eletrophoresis (PFGE). A pesquisa do gene mecA foi realizada pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o SCCmec foi determinado por PCR multiplex. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) aos antimicrobianos foi avaliada através da técnica de E-test. Do total de isolados, 14% (n=7) apresentaram o gene mecA, sendo tipados os SCCmec tipo Ia, II e IV. Os isolados resistentes apresentaram três perfis clonais diferentes. O MIC50 e o MIC90 para Oxacilina foram, respectivamente, 0,019 e 1,0µg/mL, para Trimetoprim/Sulfametoxazol 0,023 e 0,032µg/mL, para Clindamicina 0,38 e 0,75µg/mL, para Linezolida 0,5 e 1,0µg/mL, para Quinupristina/Dalfopristina 0,5 e 1,0µg/mL e para Vancomicina 1,0 e 1,0µg/mL. A resistência a Oxacilina foi encontrada em sete isolados e cinco foram resistentes a Clindamicina, sendo que quatro dos isolados apresentaram resistência a ambos antimicrobianos. Apesar da sensibilidade à maioria das drogas testadas, os isolados apresentaram alta taxa de resistência em relação à Oxacilina e Clindamicina, e o uso indiscriminado desses antimicrobianos pode selecionar cepas resistentes. Relatar a presença do SCCmec tipo IV é de grande importância, pois esse elemento móvel é menor e pode ser facilmente transferido para outras cepas de S. aureus levando à dificuldade no tratamento das infecções de pele.


Palavras-chave:  infecção de pele, resistência, Staphylococcus aureus