XXI ALAM
Resumo:1339-2


Poster (Painel)
1339-2RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS E PRESENÇA DE blaKPC EM ISOLADOS DE Klebsiella pneumoniae PROVENIENTES DE RECIFE-PE
Autores:Adriane Borges Cabral (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Rita de Cássia Andrade Melo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Emmily Margate (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Maria Amélia Vieira Maciel (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ana Catarina Lopes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Introdução: Os carbapenêmicos são usados com freqüência para o tratamento de bactérias Gram-negativas multirresistentes. Dentre os mecanismos de resistência a esta classe de fármacos tem se destacado recentemente a produção da carbapenemase do tipo KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase). Isolados de K. pneumoniae produtores de KPC estão sendo identificados entre os patógenos nosocomiais mais freqüentes. No Brasil, estas enzimas têm sido recentemente descritas em K. pneumoniae. Objetivos: Determinar o perfil de susceptibilidade aos carbapenêmicos e presença do gene blaKPC em isolados clínicos de K. pneumoniae provenientes de Recife-PE. Metodologia: Foram analisados 24 isolados provenientes de um hospital público e de um hospital particular da cidade de Recife nos anos de 2007 e 2008, respectivamente. O perfil de susceptibilidade aos carbapenêmicos (imipenem e meropenem) foi obtido pelo método de difusão em disco e a identificação do gene blaKPC foi realizada pela técnica da PCR. Discussão dos resultados: Dentre as 10 amostras do hospital público, somente uma foi resistente aos carbapenêmicos, característica apresentada por 10 dos 14 isolados do hospital particular. O gene blaKPC não foi encontrado nas amostras do hospital público, por outro lado, 10 isolados (71%) do hospital particular apresentaram o gene. Os isolados K12A e K5P, resistentes aos carbapenêmicos, foram negativos para blaKPC. Essa resistência pode ser justificada pela combinação da impermeabilidade da membrana com β-lactamases cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL). O isolado K14P não apresentou resistência aos carbapenêmicos, porém albergava o gene blaKPC. A falsa sensibilidade in vitro aos carbapenêmicos pode explicar muitos episódios de insucesso terapêutico na tentativa de controle das infecções hospitalares. Conclusão: A presença do gene blaKPC em isolados de K. pneumoniae resistentes a carbapenêmicos em Recife é preocupante uma vez que limita efetivamente as opções terapêuticas favorecendo o aumento de índices de mortalidade.


Palavras-chave:  Klebsiella pneumoniae, carbapenêmicos, KPC