XXI ALAM
Resumo:1338-1


Poster (Painel)
1338-1Caracterização da virulência de Vibrio parahaemolyticus isolados de fonte alimentar
Autores:Roberta Laine de Souza (IOC/ FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Emily Moraes Roges (IOC/ FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Rafaelle da Silva Motta (IOC/ FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Regine Helena da Silva Fernandez Vieira (UFC - Instituto de Ciências do Mar) ; Ludimila Maria Mendonça Conde Amorim (UFC - Instituto de Ciências do Mar) ; Dalia dos Prazeres Rodrigues (IOC/ FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

Vibrio parahaemolyticus é uma bactéria que habita águas costeiras e estuarinas onde é frequentemente isolada de pescado. Sendo reconhecido como patógeno de veiculação alimentar, por ocasionar quadro gastoentérico humano após o consumo de marisco não cozidos ou submetidos a cocção parcial. Embora este microrganismo seja relacionado à gastroenterites, também pode ocasionar infecções e septicemia, sendo que sua casuística vem aumentando globalmente. Foram avaliadas, 67 amostras isoladas entre janeiro de 2011 e junho de 2012, isoladas de moluscos. Seu perfil bioquímico foi confirmado através da PCR e o teste de suscetibilidade aos antimicrobianos-TSA avaliado para seis classes de drogas e a virulência, através da avaliação fenotípica da produção da uréase e pela PCR para a detecção dos genes tdh e trh. Todos os isolados apresentaram positividade para o gene tlh, confirmando sua caracterização bioquímica, ausência da produção de tdh, entretanto foi verificada a presença de trh em 24% dos isolados. A análise do TSA apresentou 94% de resistência a AMP, 4,5% de resistência a CAZ e sensibilidade absoluta para CIP, CHL, SXT e TCY. Sua ocorrência em bivalves representa um risco de transmissão para o homem através da cadeia alimentar ou por sua manipulação. Acrescenta-se ainda, sua relevância na maricultura onde os resultados apresentados permitem conhecer aspectos quanto a qualidade ambiental nas áreas de cultivo e necessidade de uma orientação com relação ao seu consumo, principalmente para pacientes imunodeprimidos. Reitera-se a necessidade de contínuo monitoramento que possibilite surpreender a ocorrência ou introdução de cepas com potencial patogênico, a fim de caracterizar os perigos existentes e fornecer subsídios para programas de vigilância deste micro-organismo em nosso meio.


Palavras-chave:  Ostras, V. parahaemolyticus, genes de virulência, resistência antimicrobiana, PCR