XXI ALAM
Resumo:1332-1


Poster (Painel)
1332-1Desenvolvimento e padronização de testes imunocromatográficos para diagnóstico de Escherichia coli produtora da toxina de Shiga (STEC) e Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC)
Autores:Leticia Barboza Rocha (IBU - Instituto Butantan) ; Denise Silvina Quintas Piccini Horton (IBU - Instituto Butantan) ; Roxane Maria Fontes Piazza (IBU - Instituto Butantan)

Resumo

Globalmente a diarreia é apontada como a segunda causa de morte em crianças abaixo de cinco anos, causando cerca de 800.000 mortes anuais. Dentre os patógenos causadores, as Escherichia coli diarreiogênicas são responsáveis, em média, por 30 a 40% dos episódios de diarreia. Dentre as E. coli diarreiogênicas, E. coli produtora da toxina de Shiga (STEC) e E. coli enterotoxigênica (ETEC) produzem potentes toxinas prejudiciais ao homem. Neste contexto, o diagnóstico é uma importante ferramenta para o correto tratamento e o controle de surtos. Comparando-se aos métodos moleculares de detecção, os ensaios imunossorológicos como o teste imunocromatográfico (IC) apresentam diversas vantagens, por serem testes rápidos, de fácil execução e baixo custo. Assim, a obtenção de anticorpos policlonais (PAbs) e monoclonais (MAbs) nos levou ao desenvolvimento e padronização de testes ICs para detecção de ETEC e STEC por meio de seus fatores de virulência: a toxina termo lábil (LT) e as toxinas de Shiga (Stx1 e Stx2), respectivamente. No desenvolvimento do teste IC, os PAbs e MAbs anti-LT (IgG2b, 4,9 x 10-11 M); anti-Stx1 (IgG1, 2,5 x 10-10 M) e anti-Stx2 (IgG1, 6,1 x 10-10 M) foram conjugados com ouro coloidal e as fitas do teste IC foram previamente tratadas e montadas. A leitura do teste foi realizada após 20 min de contato com a amostra. Na padronização do teste IC foram testadas diferentes posições dos MAbs e PAbs, assim como diferentes concentrações dos anticorpos na linha teste, limite de detecção e teste com sobrenadante dos lisados bacterianos. Utilizando os referentes PAbs conjugados ao ouro coloidal e MAbs na captura, o teste foi capaz de detectar até 15,6 ng/mL de LT, 15,6 ng/mL de Stx1 e 62,5 ng/mL de Stx2. Os três testes ICs não apresentaram reatividade cruzada com os isolados não produtores da respectiva toxina alvo. Os resultados obtidos demonstram a viabilidade e aplicabilidade dos testes ICs como ferramentas no diagnóstico de ETEC e STEC.


Palavras-chave:  E. coli diarreiogenica, STEC, ETEC, Imunodiagnóstico, Imunocromatografico