XXI ALAM
Resumo:1321-3


Prêmio
1321-3Escherichia coli O111 STEC isoladas de animal e alimento em uma região do Brasil e sua relevância em nosso meio
Autores:Marcia Lima Festivo (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Cecília Nunes Moreira (UFG - Universidade Federla de Goiás) ; Esther Helena Barreto Rondon Prado (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Gutierre Andrade da Silva (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Norma dos Santos Lázaro (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Dalia dos Prazeres Rodrigues (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

Escherichia coli produtoras de toxina Shiga STEC, têm sido associadas com infecções no homem, caracterizadas por diarréia aquosa, sanguinolenta, colite hemorrágica (CH) e Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU), tendo os bovinos como importantes reservatórios. Atualmente mais de 200 sorotipos STEC vem sendo reconhecidos, destacando-se sorotipos O157:H7, O157:H-, O26:H11, O111:H8, O111:H-, O103:H2 e O145:H- por sua capacidade de causar surtos epidêmicos ou casos esporádicos graves. Considerando a frequência do sorogrupo O111 entre as cepas de E.coli recebidas pelo LRNEB para caracterização antigênica em 2011, o presente estudo teve como objetivo avaliar a presença de marcadores de virulência bem como o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos de modo a permitir reconhecer sua condição de risco em nosso meio. Um total de 38 cepas pertencentes ao sorogrupo O111 de origem animal e alimentar oriundas da região centro-oeste, foram analisadas através da PCR tendo sido avaliada a presença dos genes eae, stx1 e stx2. Para a determinação do perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos foram utilizados 12 fármacos representativos das classes dos betalactâmicos, antifolatos, tetraciclinas, quinolonas, nitrofuranos, fenicóis e aminoglicosideos, seguindo os critérios do CLSI 2011. Os resultados revelaram a presença de genes na totalidade das cepas, sendo oito produtoras de stx1, 17 de stx2 e 11 de stx1 e stx2 e a presença dos genes eae e stx1 em apenas duas cepas. Em relação ao perfil de resistência, esta foi observada para ampicilina em uma cepa e grau intermediário psra streptomicina-STR (5 cepas) e ampicilina- AMP (7). Os resultados parciais obtidos apontam o papel representado pelos bovinos na disseminação de Escherichia coli STEC, o qual até recentemente somente ocorria na região sul e pontualmente em outras áreas do Brasil, condição totalmente distinta do elevado percentual observado nesta análise. Adicionalmente a presença de genes de virulência na totalidade das cepas bem como o perfil de resistência ou intermediário as drogas AMP e STR mostram a relevância quanto a necessidade de ampliar a presente investigação para reconhecer sua capacidade de albergar outros genes e integrons de relevância por sua disseminação ambiental no ecossistema relacionado o que pontualmente pode ser observado a partir das características de cepas isoladas de alimentos.


Palavras-chave:  E.coli, Sorogrupo, Resistência Antimicrobiana, Genes de Virulência, PCR