XXI ALAM
Resumo:1320-1


Poster (Painel)
1320-1Caracterização físico-química do biossurfactante produzido por Cunninghamella elegans UCP 542/WFCC542
Autores:Clarissa Izabel Matos Lins (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Fabiola Carolina Gomes de Almeida (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Antônio Cardoso da Silva (NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Marta Cristina Freitas Silva (UNICAP - PNPD-CAPES ,Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Galba Maria Campos -takaki (NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Elias Basile Tambourgi (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

As principais características dos biossurfactantes de interesse industrial estão relacionadas à tensão superficial; estabilidade ao pH, temperatura e força iônica; biodegradabilidade; baixa toxicidade; atividade emulsificante e desemulsificante; atividade antimicrobiana; detergência; lubrificação; capacidade espumante; molhante; solubilização, bem como, dispersão de fases. Ao contrário dos surfactantes sintéticos, estes compostos obtidos por processos microbiológicos são facilmente degradados e podem ser adequados para aplicações ambientais, como biorremediação. Neste estudo foi avaliada a carga iônica e o índice de emulsificação do biossurfactante produzido pelo fungo filamentoso Cunninghamella elegans UCP 542/WFCC542, utilizando o resíduo agroindustrial do refino do milho, a milhocina® e o óleo de soja como fontes de carbono e nitrogênio. O líquido metabólico livre de células foi utilizado para obtenção do biossurfactante através de precipitação com acetona. Para determinação da carga iônica foi utilizada a técnica de difusão dupla na qual duas fileiras regularmente espaçadas de poços foram feitas em ágar de baixa viscosidade (2%). Os poços da fileira inferior foram preenchidos com a solução do biossurfactante isolado e na superior foram utilizados compostos iônicos de carga conhecida o Doldecil Sulfato de Sódio (SDS) a solução aniônica e o Cloreto de Bário (BaCl2) a catiônica. A determinação do índice de emulsificação foi utilizada com os óleos de soja, canola, algodão, dendê, milho, diesel, gasolina, motor queimado e resíduo hidrofóbico de gordura vegetal pós-fritura e observada com 24h. Os resultados demonstraram que o biossurfactante produzido por C.elegans revelou surgimento de linhas de precipitação entre o BaCl2 demonstrando revelando o caráter catiônico do surfactante produzido pelo microrganismo. O fungo filamentoso C. elegans UCP 542/WFCC542 apresentou maior capacidade de emulsificação usando óleo de motor queimado (94,2%), seguido do resíduo de óleo vegetal (83,13%), sendo menos significativas para gasolina (25%) e óleo diesel (10%). A utilização futura deste biossurfactante mediada na biodegradação pode ser uma alternativa promissora uma vez que a utilização de surfactantes industriais pode ser tóxico ao meio ambiente.


Palavras-chave:  Biorremediação, emulsificantes, Cunninghamella elegans