XXI ALAM
Resumo:1316-1


Poster (Painel)
1316-1EFEITO DO pH E DA TEMPERATURA NA ESTABILIDADE DA XILANASE DE Aspergillus phoenicis URM4924 OBTIDA DO APROVEITAMENTO DO RESÍDUO DE CANA DE AÇÚCAR
Autores:Milena Fernandes da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco / UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Júlio Cézar dos Santos Nascimento (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Tatiana Souza Porto (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / UAG-UFRPE - Unidade Acadêmica de Garanhuns) ; Ana Lúcia Figueiredo Porto (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

A enzima xilanase desperta um grande interesse, devido ao seu potencial de aplicação industrial, destacando-se na indústria de polpa celulósica e papel, de alimentos e em rações animais. A produção de xilanases por fungos filamentosos do gênero Aspergillus, apresenta particular interesse biotecnológico, pois estes podem excretar níveis mais elevados de xilanase aos encontrados em leveduras e bactérias, além da utilização de resíduos agrícolas minimizando o impacto ambiental. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pH e da temperatura na estabilidade da xilanase produzida por Aspergillus phoenicis URM4924 utilizando bagaço de cana de açúcar como substrato. A linhagem de Aspergillus sp. foi obtida da Coleção de Culturas Micoteca - URM da UFPE e mantidas em ágar extrato de malte por 7 dias, em estufa a 30°C. A fermentação foi conduzida em meio contendo 1% de bagaço de cana-de-açúcar, sais e suspensão de esporos (104 esporos/mL), durante 5 dias a 30 °C a 90 rpm. O fermentado foi centrifugado e o extrato bruto obtido utilizado para análise da atividade xilanásica; determinada de acordo com a quantidade de xilana degradada em unidades de xilose e quantificada pelo método de ácido dinitrossalicílico (DNS). O estudo da estabilidade enzimática foi examinado em diferentes pH incubando a enzima a vários tampões (0,1M) de pH 3,0 a 10,0 durante 24 horas a 25°C. Nos estudos de estabilidade à temperatura, o extrato enzimático foi examinado por 90 min nas temperaturas de 10ºC a 70° C. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. A xilanase produzida por A. phoenicis URM4924 foi estável na faixa de pH 4,0 a 7,0, nos quais as atividades residuais se mantiveram superiores a 80% durante 24 horas. Neste mesmo período, a enzima exibiu cerca de 90% de estabilidade em pH 5,0, além de relativa estabilidade em condições alcalinas (pH 8,0 e 9,0), mantendo atividades residuais superiores a 52% após 24 horas de incubação. A enzima mostrou boa termoestabilidade, sendo resistente a temperaturas de até 50°C por 90 minutos, mantendo cerca de 66% de sua atividade. Assim, foi possível observar que a enzima demonstrou boa estabilidade em condições de pH ácido a alcalino, além de considerável termoestabilidade. Estes dados demonstram características promissoras para potencial aplicação biotecnológica da xilanase produzida por Aspergillus phoenicis URM 4924 utilizando bagaço de cana de açúcar como substrato de baixo custo.


Palavras-chave:  Aspergillus, Bagaço de cana de açúcar, Estabilidade enzimática, Resíduos agroindustriais, Xilanase