XXI ALAM
Resumo:1298-1


Poster (Painel)
1298-1Avaliação da microbiota fermentativa para produção de etanol de segunda geração a partir de resíduos de colheita mecanizada
Autores:Juliana Pelegrini Roviero (UNESP/FCAV - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) ; Lidyane Aline de Freita (UNESP/FCAV - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) ; Larissa Alves de Castro Jocarelli (UNESP/FCAV - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) ; Cristhyane Millena de Freita (FATEC-JAB - Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal) ; Silvia Cristina Marques Parra (UNESP/FCAV - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho) ; Marcia Justino Rossini Mutton (UNESP/FCAV - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho)

Resumo

No Brasil, o bagaço de cana é um dos subprodutos disponíveis em maior quantidade. Estima-se que, a cada tonelada de cana moída, obtém-se 280 Kg de bagaço. Além do bagaço, a colheita mecanizada, proporciona grande quantidade de pontas e palha das plantas deixadas no campo (até 15 t⁄ha), que atualmente, não são industrializados. Estes subprodutos surgem como alternativa econômica para produção de biocombustível através de processo de pré-tratamento, hidrólise e fermentação alcoólica. A hidrólise ácida pode gerar produtos inibidores no processo fermentativo, afetando negativamente a viabilidade da fermentação alcoólica, que é a principal etapa do processo de produção de etanol. Neste estudo, os tratamentos principais foram constituídos por 3 estipes de leveduras (J10 (xilulolítica), FT858 (levedura industrial) e a mistura das duas estirpes) e os tratamentos secundários por 8 tempos de amostragens durante a fermentação. O processo fermentativo foi realizado em escala laboratorial empregando-se mostos com 16° Brix; pH de 4,5; temperatura de 30°C, além de 107 Unidades Formadoras de Colônia⁄mL de leveduras utilizadas como inóculo, com agitação constante. Avaliou-se a viabilidade celular, o brotamento e a viabilidade de brotos. Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5%). A viabilidade celular foi maior para a levedura J10 sendo que a composição das duas estirpes teve um comportamento superior à da levedura FT858, o que pode ser explicado pela melhor capacidade de metabolizar as pentoses que constituem o hidrolisado. Pode-se também observar um decréscimo estatisticamente significativo na viabilidade celular, que ao longo das épocas de amostragem chega a diminuir em até 50% com 72 horas de fermentação. Por outro lado, o brotamento e a viabilidade de brotos tiveram comportamento semelhante para os três tratamentos, atingindo em média 3,68% e 63,01% respectivamente, sendo que a porcentagem de células e brotos viáveis durante a fermentação é de extrema importância para a manutenção da população de leveduras. Conclui-se que na produção de etanol de segunda geração é necessário a utilização de microrganismos capazes de metabolizar os açúcares constituintes do hidrolisado para obtenção de melhores rendimentos no processo fermentativo.


Palavras-chave:  Biomassa, Fermentação, Hidrolise, Saccaromyces cerevisiae