XXI ALAM
Resumo:1287-2


Poster (Painel)
1287-2ATIVIDADE ANTIBACTERIANA IN VITRO DE Eleutherine plicata CONTRA BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES E A INTERFERÊNCIA SOBRE A AÇÃO DE DROGAS ANTIMICROBIANAS
Autores:Rosa Maria Corrêa Saraiva (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Edinilza da Silva Borges (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Maria Fani Dolabela (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Antonia Benedita Rodrigues Vieira (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; José Maria Santos Vieira (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)

Resumo

Apesar do constante desenvolvimento de novos antibióticos, o controle de micro-organismos multirresistentes nem sempre é bem sucedido. Diversos extratos de plantas medicinais têm mostrado efeitos antimicrobianos o que pode vir a representar uma alternativa terapêutica para doenças infecciosas, principalmente quando associados aos antibióticos de uso clínico. Foi avaliada a atividade antibacteriana do Extrato Etanólico Bruto (EEB) e da Fração Diclometano (FD) da planta Eleutherine plicata (marupazinho) frente a isolados de Staphylococcus aureus Oxacilina Resistente (ORSA) e de Pseudomonas aeruginosa multirresistente. Além disso, foram estudados os efeitos resultantes da interação destes produtos vegetais com drogas antimicrobianas de uso clínico. A atividade antibacteriana foi determinada pelo método de disco difusão em ágar Muller Hinton e a Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em placas utilizando caldo Muller Hinton como meio de cultura e resazurina a 0,01% como revelador de crescimento bacteriano. O extrato e a fração foram testados nas concentrações de 500, 250, 125, 62,5, 31,2 e 16,2 µg/mL dissolvidos em DMSO a 10%. A interferência dos produtos sobre a ação dos antibióticos foi investigada pelo método de disco difusão em ágar Muller Hinton. Frente a S. aureus a FD teve uma maior atividade antibacteriana com CIM de 125 µg/mL, enquanto que o EEB teve CIM de 250 µg/mL. Não houve atividade contra P. aeruginosa. A associação do EEB e da FD com os antibióticos cefoxitina, ciprofloxacina, clindamicina, eritromicina, oxacilina e vancomicina frente a isolados ORSA apresentou 70,8% de combinações indiferentes, 25% de sinergismo e 4,2% de antagonismo. A fração FD provocou sinergismo quando combinado com ciprofloxacina, clindamicina e vancomicina e o EEB com ciproloxacina e vancomicina. Efeito antagônico foi observado apenas na interação do EEB com cefoxitina. Não houve interferência na ação da oxacilina. Os resultados comprovaram a atividade antibacteriana da planta marupazinho frente à S. aureus e o possível aproveitamento como coadjuvante das drogas antimicrobianas no tratamento de doenças infecciosas.


Palavras-chave:  Atividade Antibacteriana, Bactérias Multiresistentes, Drogas antimicrobianas, Eleutherine plicata, Sinergismo