XXI ALAM
Resumo:1284-1


Poster (Painel)
1284-1Fração Bioativa da Própolis Vermelha Frente a Cepas de Acinetobacter baumannii multirresistente: a Superbactéria
Autores:Valter Alvino (UFAL - Universidade Federal de Alagoas / CPML/UNCISAL - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial) ; Edna Cristina Vieira dos Santos (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Geone Pimentel dos Santos (CPML/UNCISAL - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial) ; Zenaldo Porfírio (UFAL - Universidade Federal de Alagoas / UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas / CPML/UNCISAL - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial)

Resumo

A própolis tem sido objeto de intensos estudos farmacológicos e químicos nos últimos 30 anos. A própolis vermelha destaca-se pelas diversas propriedades terapêuticas, ser rica em componentes antimicrobianos e também por possuir uma composição química complexa, superando os outros tipos. Em todo o mundo Acinetobacter baumannii emergiu como um importante patógeno de infecções hospitalares. Trata-se de um microrganismo oportunista e multirresistente capaz de sobreviver em diversas sítios no ambiente hospitalar, sendo uma importante fonte de infecção em pacientes debilitados, principalmente em UTIs. O objetivo do presente trabalho foi determinar a ação bactericida e bacteriostática de uma fração da própolis vermelha de Alagoas frente a cepas de Acinetobacter baumannii multirresistentes isoladas de superfícies e pacientes em uma UTI de um hospital público de Maceió/AL. Foram utilizados nesse estudo 7 cepas de Acinetobacter baumannii multirresistentes sendo a Tigeciclina o único antimicrobiano testado eficiente. Dessas, 3 cepas foram isoladas de superfície dentro da UTI e 4 foram isoladas de amostras biológicas de pacientes internados, todas obtidas de um hospital público de Maceió/AL. Para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram preparadas placas contendo a fração de própolis com meio Muller Hinton em concentrações decrescentes a partir de 10mg/mL, sendo esta determinada pela menor concentração capaz de inibir o crescimento. A Concentração Bactericida Mínima (CBM) foi aquela que houve morte do microrganismo na menor concentração testada. Todas as amostras apresentaram CIM de 0,8 mg/mL. Embora outros estudos comprovem uma menor ação da própolis frente a espécies Gram negativas, a fração estudada mostrou-se promissora frente a cepas de Acinetobacter baumannii multirresistentes. Já para a CBM, apenas uma amostra apresentou resultado de 1 mg/mL, a qual foi isolada de superfície da UTI; as demais, o resultado foi de 0,8 mg/mL assemelhando-se a CIM. Dessa forma, concluímos que a fração bioativa de própolis vermelha de Alagoas foi eficiente frente a cepas de Acinetobacter baumannii multirresistentes isoladas de superfícies e de amostras biológicas revelando-se como um potencial agente antimicrobiano por apresentar características tanto bacteriostática quanto bactericida frente a um microrganismo considerado de difícil eliminação.


Palavras-chave:  Infecção, Multirresistência, Própolis, Superbactéria