XXI ALAM
Resumo:1263-1


Poster (Painel)
1263-1Avaliação da capacidade de formação de biofilme por Acinetobacter baumannii e perfil transcricional dos genes envolvidos nesse processo.
Autores:Christine Garcia Bierhals (PPGMAA - Departamento de Microbiologia, UFRGS) ; Gustavo Pelicioli Riboldi (UFCSPA - Microbiologia Molecular) ; Jeverson Frazzon (ICTA - UFRGS) ; Ana Paula Guedes Frazzon (PPGMAA - Departamento de Microbiologia, UFRGS)

Resumo

Acinetobacter baumannii é um patógeno oportunista que causa várias infecções nosocomiais, especialmente em pacientes imunocomprometidos em unidades de terapia intensiva (UTIs). Este microrganismo é uma preocupação para os agentes de saúde em virtude das infecções difíceis de tratar devido à sua resistência a uma ampla variedade de antimicrobianos. A habilidade de formar biofilme pode explicar sua proeminente resistência aos antimicrobianos, e sua capacidade de sobreviver no ambiente hospitalar e em utensílios médicos. Nesse estudo, avaliamos duas amostras clínicas de A. baumannii isoladas de hospitais de Porto Alegre, Brasil (abC e abH) e de uma amostra controle (abA - ATCC 19606) quanto à capacidade de formar biofilme em diferenciados meios de cultura (LB, LB + 1% glicose, urina e LB + 10% sangue). Além disso, realizamos a análise transcricional dos seguintes genes, possivelmente envolvidos na produção e manutenção do biofilme: bap, abaI, ompA, bfmRS, csuAB, pgaA, pilZ, wspR, eal, e eagg. A capacidade de formação de biofilme foi avaliada pelo método cristal violeta, onde a suspensão bacteriana foi incubada em microplacas de 96 poços, a 37oC por 24horas. A densidade óptica (D.O.) de cada poço foi medida a 492 nm em espectrofotômetro, e as amostras foram classificadas em categorias de acordo com a D.O. do biofilme bacteriano como: fracas, moderadas ou fortes formadoras de biofilme. As amostras abH, abC e abA foram fortes formadoras de biofilme em superfície plástica em LB e LB+ glicose; abH e abA foram fortes formadoras e abC foi fraca formadora em LB+sangue; a amostra abH foi moderadamente formadora, abC foi fraca formadora e abA não formou biofilme em urina. A condição que formou uma maior espessura de biofilme (LB+glicose) foi usada para analisar a expressão dos genes. O RNA total foi extraído das células sésseis e planctônicas pelo método CTAB modificado e o cDNA foi obtido pela reação com transcriptase reversa. A expressão relativa foi analisada pela metodologia de real time PCR, usando o método 2-∆∆ct e o gene 16S foi usado como normalizador. Os genes wspR, pgaA, ompA e bap tiveram um aumento da expressão em biofilme, pilZ e csuAB foram inibidos e eal, eagg e abaI não variaram a expressão no biofilme. Dessa maneira, esse trabalho mostra que wspR, bap, pgaA e ompA parecem possuir uma função importante durante a formação de biofilme por A. baumannii. Apoio: CAPES, CNPq.


Palavras-chave:  Acinetobacter baumannii, formção de biofilme, qPCR