XXI ALAM
Resumo:1228-3


Poster (Painel)
1228-3Prevalência de Staphylococcus aureus e seu perfil de suscetibilidade em tonsilites recorrentes
Autores:Veraluce Paolini Cavalcanti (IPTSP/UFG - Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Priscilla Martins Ferreira (FEN/UFG - Faculdade de Enfermagem/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Ana Gabriela Cardoso Ferraz (HC/UFG - Hospital da Clínicas/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Débora Fontoura Rodrigues (HC/UFG - Hospital da Clínicas/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Fabiano Santana Moura (HC/UFG - Hospital da Clínicas/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Leandro Azevedo de Camargo (HC/UFG - Hospital da Clínicas/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Juliana Lamaro Cardoso (IPTSP/UFG - Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Carla Afonso da Silva Bitencourt Braga (IPTSP/UFG - Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Maria Cláudia Dantas Porfirio Borges André (IPTSP/UFG - Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública/UFG / UFG - Universidade Federal de Goiás)

Resumo

As faringotonsilites bacterianas são infecções das vias aéreas superiores que ocorrem predominantemente em crianças e adolescentes. Devido à composição da microbiota oral ser variada quantitativa e qualitativamente, de criança para criança, e para cada uma ao longo do tempo, é difícil o esclarecimento etiológico e a real participação de cada microrganismo na doença. Os quadros de tonsilites recorrentes podem estar relacionados à colonização local por microrganismos produtores de beta-lactamase, que dificultam a erradicação do S. pyogenes e o tratamento das infecções. O S. aureus é um dos patógenos mais frequentes na etiologia das tonsilites. Uma das principais indicações para a tonsilectomia é a tonsilite recorrente após várias tentativas de cura por antibioticoterapia. O objetivo do trabalho foi determinar a prevalência de S. aureus em tonsilas de pacientes submetidos à tonsilectomia no HC/UFG, e o seu perfil de suscetibilidade antimicrobiana. As amostras foram processadas no IPTSP/UFG, onde se realizou a identificação e determinação do perfil de suscetibilidade por métodos convencionais. Foram identificados 150 isolados de Staphylococcus sp., sendo 63 S. aureus. De acordo com o antibiograma, os isolados apresentaram resistência de 77,7%, 28,6%, 23,8%, 1,6%%, 1,6%, 11,1% e 1,6% para penicilina, cefoxitina, eritromicina, linezolida, ciprofloxacina, amoxacilina+ácido clavulânico e ceftriaxona, respectivamente. Onze isolados (17,4%) apresentaram fenótipo MLSb induzível. Todos os isolados foram sensíveis ao sulfametoxazol-trimetoprim. Os isolados apresentaram suscetibilidade intermediária de 3,17%, 1,6%, 1,6%, 20,6% e 3,17% à eritromicina, clindamicina, gentamicina, ciprofloxacina e ceftriaxona, respectivamente. Além da resistência aos antibióticos comumente prescritos deve-se também considerar a ocorrência de alterações irreversíveis na estrutura e equilíbrio da microbiota das tonsilas bloqueando o efeito inibitório contra bactérias patogênicas. Portanto conhecer a prevalência dos microrganismos e seus perfis de suscetibilidade é fundamental para entendermos quais os principais patógenos relacionados à tonsilite recorrente e as alternativas antimicrobianas realmente efetivas no tratamento, recorrendo-se à tonsilectomia como uma última alternativa, já que há controvérsias entre profissionais da saúde quanto à sua indicação.


Palavras-chave:  Antibiograma, Staphylococcus aureus, Tonsilectomia, Tonsilite recorrente