XXI ALAM
Resumo:1182-2


Poster (Painel)
1182-2BIODEGRADAÇÃO DE ÓLEO DIESEL POR LEVEDURA
Autores:Jacilene Marques Maciel (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Persio Alexandre da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Georgia Gomes da Cruz (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Raul Felipe Neves Cavalcanti (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Flávia Virgínia Ferreira de Arruda (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Norma Buarque de Gusmão (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Maria de Fátima Vieira Queiroz de Sousa (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

O óleo diesel é utilizado para movimentar automóveis e máquinas de grande porte, entre outras aplicações, porém durante seu processamento, transporte e armazenamento podem ocorrer vazamentos acidentais, ocasionando sérios problemas ao meio ambiente. Diante disto, o desenvolvimento de biotecnologias para a recuperação de ambientes poluídos torna-se cada vez mais necessário. A avaliação da toxicidade de um ambiente poluído por petroderivados pode ser realizada empregando-se testes de fitotoxicidade, metodologia cada vez mais utilizada por ser considerada simples e de baixo custo. Este trabalho objetivou investigar a capacidade de degradação do óleo diesel pela levedura P3.3.2 e determinar a toxicidade do material residual biodegradado. A levedura foi isolada da Região Portuária de Suape-PE, Brasil. Inicialmente foi realizada uma aclimatação em frascos de Erlenmeyer (500 mL), contendo o meio mineral Bushnell Haas – BH, 3 blocos de gelose/micro-organismos (Ø8mm) e concentrações crescentes de óleo diesel (1% a 10%) em intervalos de 48 horas. Os frascos foram mantidos de forma estática, sob temperatura de 30°C. Ao final dos ensaios foram analisados o pH, a biomassa (g/L) pelo método de peso seco, a degradação por análise cromatográfica (CG-MS) e a toxicidade do poluente biodegradado, utilizando sementes de feijões (Phaseolus vulgaris L), o teste foi realizado em triplicata. A levedura testada produziu biomassa em todo experimento, apresentando um crescimento ascendente. O peso seco iniciou com 0,5 g/L e atingiu 0,9 g/L, ao final do ensaio, com 10% de óleo diesel. O pH permaneceu de neutro a levemente ácido em todas as concentrações. A análise cromatográfica apresentou percentuais de degradação de 70% a 80% de hidrocarbonetos alifáticos. O teste de fitotoxicidade apresentou 96% de germinação, 97,9% de crescimento da raíz e 93,9% de índice de germinação, indicando que esta linhagem foi capaz de degradar constituintes do óleo diesel possibilitando a germinação. Estes resultados sugerem que a levedura P3.3.2 apresentou potencialidade em degradar constituintes do óleo diesel, podendo ser utilizada em processos de biorremediação de áreas contaminadas por esta fonte oleosa.


Palavras-chave:  Biodegradação, óleo diesel, Levedura, Fitotoxicidade