XXI ALAM
Resumo:1174-1


Poster (Painel)
1174-1Código de barras de DNA de leveduras associadas às formigas cortadeiras
Autores:Danilo Augusto Polezel (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Silvio Lovato Arcuri (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Fernando Carlos Pagnocca (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; André Rodrigues (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

O objetivo do presente estudo foi gerar códigos de barras de DNA de leveduras isoladas de jardins de fungos de formigas cortadeiras do gênero Atta (Hymenoptera: Formicidae: Attini). Um total de 28 estirpes depositadas no Banco de Micro-organismos do Centro de Estudos de Insetos Sociais (UNESP – Rio Claro) foi avaliado neste estudo. O DNA genômico foi extraído após as estirpes serem cultivadas em YMA durante três dias a 25ºC, no escuro. A região D1/D2 do gene 26S do DNA ribossomal foi amplificada e sequenciada com o par de primers NL1 e NL4. As sequências consenso geradas foram utilizadas em buscas nas bases de dados do NCBI-GenBank e do CBS para determinar a afiliação taxonômica. Além disso, a variabilidade intraespecífica (distância genética) do marcador molecular utilizado foi avaliada. Os resultados revelaram as seguintes espécies: Cryptococcus laurentii (n=10 estirpes), C. flavescens (n=2), C. flavus (n=3), C. heveanensis (n=1), C. podzolicus (n=3), Pichia kudriavzevii (n=3) e Trichosporon chiarellii (n=3); ainda, três estirpes foram identificadas apenas em nível de gênero, a saber: Cryptococcus (n=2) e Rhodotorula (n=1). As espécies encontradas neste trabalho também foram observadas em outros estudos sobre micro-organismos associados aos jardins de formigas cortadeiras, o que indica a ubiquidade dessas leveduras nos ninhos desses insetos. Destacamos a ocorrência de T. chiarellii dentre os isolados. Esta espécie foi originalmente descrita a partir de Myrmicocrypta camargoii, uma formiga considerada basal dentro da tribo Attini. Os resultados do presente estudo corroboram a associação desta levedura com ninhos de formigas cortadeiras. Foi observada variabilidade intraespecífica na região D1/D2 somente para as estirpes de C. laurentii (distância genética: 0,00-0,05). Tais estirpes serão caracterizadas quanto ao perfil de assimilação de fontes de carbono e nitrogênio. Esses dados serão associados aos eletroferogramas das sequências para constituir o código de barras de DNA para essa espécie. Os códigos de barras de DNA gerados nesse estudo compõem a base de dados da Rede Brasileira de Identificação Molecular da Biodiversidade (BrBol).


Palavras-chave:  Atta, Attini, D1/D2, Simbiose