XXI ALAM
Resumo:1172-3


Poster (Painel)
1172-3ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ACTINOBACTÉRIAS DA RIZOSFERA DE Caesalpinea pyramidalis TUL. DO BIOMA CAATINGA, BRASIL.
Autores:Glêzia Renata da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Sandrine Maria de Arruda Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Janaína Gonçalves da Silva Melo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Elizabeth Fernanda de Oliveira Borba (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Kesia Xisto da Fonseca Ribeiro (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Itamar Soares de Melo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Gláucia Manoella de Souza Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Janete Magali de Araújo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Informações sobre a estrutura e funcionamento de ecossistemas florestais como a Caatinga são escassas, e o estudo dos micro-organismos da rizosfera de plantas da Caatinga é extremamente importante, uma vez que o solo pouco fértil pode transformar-se em uma poderosa fonte de micro-organismos com potencial Biotecnológico. Actinobactérias correspondem a um importante grupo de bactérias Gram-positivas, encontradas nos mais diversos ambientes e grande importância econômica e biotecnológica devido à produção de vários compostos com aplicação industrial e farmacológica, como agentes imunomoduladores, enzimas e inibidores enzimáticos. Estima-se que este grupo seja responsável pela produção de cerca de 4.600 antibióticos já conhecidos, superando a produção de antibióticos por fungos e outras bactérias. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial antimicrobiano de actinobactérias isoladas da rizosfera do bioma Caatinga, Brasil. A avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada através do Teste de Difusão em Agar a partir de 68 linhagens, das quais 52,9% (36) foram isoladas a temperatura de 37ºC e 47,05% (32) a 45ºC, frente aos micro-organismos teste: Fusarium moniliforme UFPEDA 2456; Malassezia furfur UFPEDA 1320; Candida albicans NFC-USA; Bacillus subtilis ATCC 6633; Staphylococcus aureus ATCC 6538; S. aureus ORSA UFPEDA 700; Escherichia coli ATCC 25922; Klebsiella pneumoniae ATCC 29665 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Do total de isolados, 68 (34,4%) apresentam atividade antimicrobiana. Foi observado que as actinobactérias isoladas a 37°C, 25% (9/36), apresentaram maior atividade para diferentes micro-organismos, com destaque para F. moniliforme que apresentou os maiores halos de inibição (26 a 28 mm), enquanto para B. subtilis, S. aureus e S. auresus ORSA, os halos de inibição variam de 19 a 22 mm. Das actinobactérias isoladas a 45°C apenas 3 (9,4%) apresentaram halos de inibição variando de 16 a 23 mm para F. moniliforme e C. albicans. A linhagem Streptomyces sp. C1.129 foi mais promissora, apresentando forte antagonismo contra os patógenos testados, dentre eles um isolado clínico potencialmente resistente a oxacilina. Estes resultados comprovam que solos pouco férteis como o da Caatinga abrigam micro-organismos que podem servir de ferramenta para o desenvolvimento de novos fármacos antimicrobianos.


Palavras-chave:  Streptomyces, Caesalpinia pyramidalis TUL, Atividade Antimicrobiana