Resumo

A contaminação de águas subterrâneas e superficiais por petróleo e seus derivados, assim como o óleo diesel, tornou-se um grave problema no mundo industrializado. Vazamentos indevidos e acidentais vêm ocorrendo, o que confere uma potencial ameaça ao ambiente e a saúde pública. Por isso, há uma necessidade crescente de desenvolver métodos efetivos para prevenir e mitigar a poluição gerada por estes derramamentos. O desenvolvimento de novos processo e tecnologias vêm se apresentando como poderosa alternativa aos métodos convencionais de tratamento. Tecnologias como a biorremediação que utiliza micro-organismos como agentes degradadores na recuperação de ambientes poluídos. Dentro deste panorama, este trabalho teve como objetivo verificar o potencial do Bacillus sp de degradar o óleo diesel. A bactéria isolada foi previamente selecionada através de teste qualitativo. E a degradação efetiva foi avaliada realizando-se uma aclimatação da bactéria em frascos contendo o meio mineral Bushnell Haas acrescido da fonte oleosa em concentrações de 1%, 3% e 5%, com um inóculo de dois discos de gelose de 6mm de diâmetro com crescimento bacteriano. Os frascos foram incubados a 30°C por sete dias a cada mudança de concentração, em condições estáticas. Em seguida, as alíquotas passaram por um tratamento de extração aquosa para realização da análise cromatográfica (CG-MS). A bactéria apresentou degradação de 0% de nonano a 78,02% do heneicosano, quando testada na concentração de 3% de óleo diesel. Na concentração de 5% demonstrou degradação de 3,7% de nonano a 52,85% do heneicosano. Podendo observar-se ainda, que com o aumento da concentração o Bacillus sp degradou todos os constituintes verificados. Contudo, a média de degradação efetiva se apresentou superior na concentração mais baixa da fonte oleosa, onde a média percentual na concentração de 3% foi de 60,39%, já a 5% a média diminuiu para 35,03%, o que pode ser associado ao aumento da toxicidade causada pelos compostos secundários gerados pela degradação de hidrocarbonetos. Desse modo podemos concluir que a linhagem avaliada possui potencialidade em degradar o poluente, sendo um agente promissor para utilização em processos de biorremediação de locais impactados por óleo diesel.