XXI ALAM
Resumo:1163-1


Poster (Painel)
1163-1Infecções fúngicas superficiais em animais da região central do RS no período de 2002 a 2012
Autores:Maiara Ben Pilotto (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Juliana Simoni Moraes Tondolo (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Érico Silva de Loreto (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Régis Adriel Zanete (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Aline Ludwig (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Pedro Abib (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Janio Morais Santurio (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

Introdução: As infecções fúngicas superficiais estão entre as doenças fúngicas mais comuns na medicina veterinária. Fungos dermatófitos infectam várias espécies animais, inclusive o homem (zoonose), sendo o Microsporum canis o agente mais comum em caninos e felinos; Trychophyton verrucosum em bovinos e Trychophyton mentagrophytes e Trychophyton equinum em equinos. Entre os fungos leveduriformes, Malassezia pachydermatis está associada com dermatopatias e infecções otológicas. O objetivo do presente estudo foi caracterizar a prevalência das infecções fúngicas em animais. Materiais e métodos: O levantamento epidemiológico foi feito através da avaliação dos registros dos exames realizados no Laboratório de Pesquisas Micológicas(LAPEMI)da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no período de 2002 à 2012. O gênero e a espécie de dermatófitos foram caracterizados através de exame direto (ED) e cultura (C) do material em agar Sabouraud dextrose acrescido de cicloheximida e cloranfenicol. Resultados: O número total de amostras foi de 3360, divididas em (%): caninos (74,14), felinos (15,98), equinos(6,25), bovinos(2,38), outros animais (1,25). Houve crescimento fúngico em 534 amostras (15,89%) e a relação ED positivo (EDpos) ou negativo (EDneg) com o rsultado das culturas com crescimento fúngico (Cpos) ou sem crescimento fúngico (Cneg) foi: 2728 EDneg/Cneg, 270 Edneg/Cpos, 264 EDpos/Cpos e 98 EDpos/Cneg. A espécie mais prevalente (%) foi M. canis (49,25), seguida por Malassezia pachydermatis (28,84), M. gypseum (14,04), T. verrucosum (2,06), Sporothrix spp (2,06), T. mentagrophytes (1,12), Trichophyton spp (0,75), M. distortum (0,56), T. equinum (0,56), C. albicans (0,37), Cryptococcus spp (0,19) e Trichosporon spp (0,19). A maioria das culturas positivas foi proveniente de caninos (70,22%) e felinos (25,28%). M. canis (n=155), M. pachydermatis (n=144) e M. gyseum (n=63) foram as espécies fúngicas mais prevalentes em cães, enquanto que em felinos M. canis foi isolado em 104 amostras. Conclusão:Obteve-se uma prevalência de 15,89% de animais acometidos por dermatopatias causadas por fungos. O fato reforça a necessidade de serem solicitados exames laboratoriais que complementem o diagnóstico clínico, abolindo a conduta terapêutica empírica. Salienta-se a importância de aliar o exame direto e a cultura, pois os resultados demostram que um é complementar ao outro.


Palavras-chave:  Animais, Dermatófitos, Fungos, Infecções Fúngicas, Prevalência