XXI ALAM
Resumo:1160-2


Poster (Painel)
1160-2Biodegradação de hidrocarbonetos presentes na gasolina por Serratia sp. isolada da zona industrial de Cubatão-SP
Autores:Ingrid Regina Avanzi (CEPEMA-POLI-USP - Universidade de São Paulo-CEPEMA) ; Louise Hase Gracioso (CEPEMA-POLI-USP - Universidade de São Paulo-CEPEMA / USP-IPT-IBU - Universidade de São Paulo-Interunidades em Biotecnologia) ; Marcela dos Passos Galluzzi Baltazar (CEPEMA-POLI-USP - Universidade de São Paulo-CEPEMA / POLI-USP - Universidade de São Paulo-Depto Eng Química) ; Claudio Augusto Oller do Nascimento (CEPEMA-POLI-USP - Universidade de São Paulo-CEPEMA / POLI-USP - Universidade de São Paulo-Depto Eng Química) ; Elen Aquino Perpetuo (CEPEMA-POLI-USP - Universidade de São Paulo-CEPEMA / POLI-USP - Universidade de São Paulo-Depto Eng Química / USP-IPT-IBU - Universidade de São Paulo-Interunidades em Biotecnologia)

Resumo

INTRODUÇÃO: Contaminantes presentes em áreas onde há a exploração ou processamento de petróleo são evidentes problemas ambientais, sendo os derivados de petróleo denominados de BTEXs (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos) considerados os mais tóxicos. Estes apresentam grande risco à saúde humana e ao ecossistema, pois podem contaminar ar, solo e água. São hidrocarbonetos de difícil degradação que contaminam as áreas onde se encontram por vários anos. OBJETIVOS: Este trabalho pretendeu avaliar a biodegradação de BTEX e gasolina comercial por uma linhagem isolada do meio ambiente. METODOLOGIA: A seleção de bactérias resistentes foi realizada através do inóculo de 1g de solo contaminado com derivados de petróleo em meio seletivo à 30°C e 150 rpm. Após o enriquecimento do meio, as linhagens sobreviventes foram plaqueadas em meio mínimo contendo somente BTEX como fonte de carbono. A linhagem sobrevivente foi utilizada nos ensaios de biodegradação contendo BTEX, BTE e gasolina comercial, sendo avaliados: crescimento celular e consumo de hidrocarbonetos (GC/MS). A linhagem foi identificada através de amplificação e seqüenciamento do gene 16S rDNA, e também por espectrometria de massas. A sequência do gene foi amplificada por PCR através dos primers 27F e 1401R e Taq polimerase, sendo os produtos de PCR posteriormente purificados e sequenciados. RESULTADOS: As sequências genômicas (908 pares de bases) e protéicas obtidas para a linhagem isolada foram comparadas com sequências do banco de dados (GenBank e Bruker Daltonics) e apresentaram mais de 95% de similaridade com Serratia marcescens. Ensaios de biodegradação e crescimento em BTEX ou gasolina comercial como única fonte de carbono demonstraram que esta cepa foi capaz de degradar 44,4% do BTEX e 100% da gasolina comercial. Através da análise por GC/MS dos intermediários gerados, pudemos concluir que a via de clivagem utilizada foi através da hidroxilação dos hidrocarbonetos pela fenol hidroxilase, gerando catecol como principal intermediário, seguido da abertura do anel benzênico pela ação de catecol dioxigenases utilizando a via orto de clivagem. CONCLUSÃO: A linhagem de Serratia marcescens isolada de Cubatão-SP apresentou alta tolerância à toxicidade do BTEX e da gasolina, tendo potencial aplicação no biotratamento de áreas contaminadas com derivados de petróleo. AGRADECIMENTOS: INCT –EMA.


Palavras-chave:  BTEX, biodegradação, gasolina, hidrocarbonetos