XXI ALAM
Resumo:1152-1


Poster (Painel)
1152-1Avaliação da inibição no crescimento de fungos mesofílicos na presença dos herbicidas diuron e hexazinona.
Autores:Bruna Nogueira Perissini (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Tássia Chiachio Egea (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Roberto da Silva (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Eleni Gomes (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

O Brasil é um país cuja atividade agrícola representa cerca de 30% de sua economia, e o intenso uso de agrotóxicos é um dos responsáveis pelo aumento dessa atividade no país. Ao mesmo tempo em que seu uso aumentou consideravelmente a produtividade agrícola, sua utilização indiscriminada trouxe sérios problemas para a população e para o meio ambiente. A restauração de ecossistemas degradados pelo impacto humano é um dos desafios atuais, principalmente com relação a metodologias eficazes que realmente minimizem os impactos e não interfiram nos processos ecológicos e naturais dos ecossistemas. Dentre as diversas tecnologias de remediação, a biorremediação destaca-se por ser uma tecnologia que utiliza o metabolismo de microrganismos para eliminar ou reduzir, a níveis aceitáveis, os poluentes presentes no ambiente. Os fungos são considerados organismos promissores para a recuperação de áreas contaminadas com xenobióticos, entretanto, sua utilização requer estudo prévio de comportamento e secreção de metabólitos de degradação. A proposta do presente trabalho foi avaliar a inibição no crescimento micelial de fungos mesofílicos na presença dos herbicidas diuron e hexazinona. Foram testados 50 fungos de 8 gêneros diferentes, entre eles (2) Mucor, (7) Aspergillus, (20) Trichoderma, (1) Verticilium, (11) Fusarium, (2) Paecilomyces, (2) Absídia e (5) Cunninghamella. Espécimes de fungos foram cultivados em placas de Petri contendo meio PDA acrescido dos herbicidas Herburon® (50% de diuron) e Velpar-K® (46,8% de diuron + 13,2% de hexazinona) em três concentrações diferentes (0,25%; 1,0% e 2,0%). A avaliação da inibição no crescimento dos fungos foi feita medindo-se a taxa de extensão da colônia nas placas, em períodos de 24, 48, 96 e 144h. A cada medição, pontos equidistantes do centro do inóculo eram marcados nas placas e a distância entre eles foi medida com o auxílio de uma régua, observando a taxa de extensão da colônia dia a dia em relação ao controle (ausência de herbicida). Todos os fungos testados apresentaram inibição no crescimento conforme aumento da concentração do herbicida no meio de cultivo, entretanto nenhum fungo foi inibido totalmente na presença do xenobiótico em 0,25% e 1,00%. Os fungos do gênero Paecilomyces, Mucor e Absídia foram os mais inibidos na presença dos herbicidas, sendo observado pouco ou nenhum crescimento em 2,00%. Seis fungos, sendo cinco do gênero Trichoderma e um do gênero Cunninghamella, destacaram-se por representarem os mais resistentes na presença de herbicidas, podendo ser utilizados para estudos de degradação de xenobióticos em função de sua capacidade de crescimento/tolerância.


Palavras-chave:  diuron, fungo, herbicida, hexazinona, Trichoderma