XXI ALAM
Resumo:1147-2


Poster (Painel)
1147-2PRODUÇÃO DE XILANASES POR Aspergillus japonicus URM5633 ATRAVÉS DA FERMENTAÇÃO EXTRATIVA
Autores:Talita D´paula Tavares Pereira Muniz (UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns) ; Talita Camila Evaristo da Silva Nascimento (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns) ; Anna Carolina da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns) ; Tatiana Souza Porto (UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns / UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Cristina Maria de Souza-motta (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Keila Aparecida Moreira (UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns / UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Polyanna Nunes Herculano (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / UFRPE / UAG - Unidade Acadêmica de Garanhuns)

Resumo

A utilização de enzimas microbianas em rações animais vem sendo constante nas indústrias, tanto pela rentabilidade como pela facilidade operacional. As xilanases são glicosidases responsáveis principalmente pela hidrólise das ligações β-1,4 presentes na xilana vegetal. A degradação das paredes celulares dos cereais permite a maximização da ação enzimática endógena do animal sobre a degradação do amido, do lipídio e da proteína, aumentando a digestibilidade das rações animais. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar produção de xilanases por Aspergillus japonicus URM5633 através da fermentação extrativa. A xilanase fúngica foi obtida através de fermentação extrativa em sistema de duas fases aquosas, onde as células e o substrato se concentram, de preferência, em uma das fases, enquanto que a biomolécula concentra-se na fase oposta. Foram realizadas 20 ensaios utilizando Erlenmyers de 125mL contendo 25mL de meio de cultivo, onde foram adicionadas suspensões de esporos na concentração final de 106 esporos/mL-1. Os frascos contendo meio de cultivo composto por farelo de mandioca, extrato de levedura, ácido cítrico, citrato de sódio e polietileno glicol foram incubados a 28°C, a 120 rpm por 96 horas. Foram analisadas o efeito das variáveis massa molar do PEG (2000, 4000 e 6000), concentração de PEG (15, 20 e 25%), concentração de citrato (15, 20 e 25%) e pH (6,0, 7,0 e 8,0) em relação a produção da xilanase foram avaliados o crescimento celular, consumo de substrato, rendimento da extração e coeficiente de partição (K) no sistema. Decorridas 96 horas sob agitação orbital, o ensaio 10 (PEG 6000, 15% de PEG, pH 6,0 e 25% de citrato) e os pontos centrais ensaios de 17 a 20 (PEG 4000, 20% de PEG, pH 7,0 e 20% de citrato) apresentaram melhores resultados. O ensaio 10 apresentou 70% de recuperação de proteínas, considerando o consumo de substrato e formação de micélio. A maioria dos sistemas bifásicos aquosos apresentou maior concentração de proteínas na fase PEG e a atividade xilanásica foi concentrada na fase Sal, havendo uma partição adequada entre as biomoléculas totais e a biomolécula-alvo. Essa concentração de biomoléculas é estabelecida pelos valores de K, onde K>1 corresponde a maiores concentrações na fase superior, e K<1 a maiores concentrações na fase inferior dos sistemas. Podemos concluir que o fungo A. japonicus URM5633 é ideal na produção de xilanases utilizando sistemas com 15% de PEG 6.000, pH 6,0 e 25% de citrato.


Palavras-chave:  Produção enzimática, Xilanase, Aspergillus japonicus, Fermentação extrativa