XXI ALAM
Resumo:1142-3


Poster (Painel)
1142-3CANDIDEMIA EM PACIENTE DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
Autores:Gleiciere Maia Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Alice Cristiane Rangel Silveira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ana Paula Santiago Rocha (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Claudia Betânia Rodrigues de Abreu (HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz) ; Melyna Chaves Leite (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Rejane Pereira Neves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

A incidência de infecções por fungos tem se tornado crescente nas últimas décadas sobretudo em pacientes pediátricos acarretando altos índices de mortalidade que atingem até 60% dos óbitos.Existem inúmeros fatores que contribuem para aumentar os riscos de infecções fúngicas em crianças, incluindo prematuridade, baixo peso, estrutura imatura da pele, tempo de internação, o uso prolongado de antimicrobianos, inserção de cateter venoso central, nutrição parenteral, ventilação mecânica, uso de esteróides e colonização fúngica preexistente.O objetivo deste estudo foi relatar um caso de candidemia em paciente pediátrico. O paciente do sexo masculino com 6 meses de idade foi admitido na enfermaria de um hospital público da cidade do Recife-PE com diagnóstico de fibrose cística, além de outras complicações como quadro infeccioso respiratório, febre, desidratação, anictérico, acianótico, sendo então transferido para Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica-UTI. Após 15 dias na UTI, apresentou septicemia por Staphylococcus epidermidis resistente a azitromicina, ciprofloxacina, oxacilina e sulfametoxazol. Fez uso de vancomicina e meropenen evoluindo bem ao tratamento. Nos dias subsequentes, apresentou uma lesão na genitália, causada por Candida albicans. Fez uso de nistatina 4 vezes ao dia e passou a desenvolver novamente um quadro de febre, sendo realizado coleta de sangue para diagnóstico laboratorial micológico no Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. O diagnóstico foi conclusivo para candidemia por Candida albicans. O paciente foi submetido a tratamento com fluconazol associado à piperaciclina, tazobactam, dormonid, meropenem e vancomicina. Não foi alcançada a melhora clínica, apresentou ainda discreta taquipnéia evoluindo para óbito. A fibrose cística já é uma doença potencialmente grave e associada à fungemia e/ou septicemia, esse quadro geralmente tendem a ter uma evolução clínica desfavorável, sobretudo em pacientes lactentes, com baixo status imunológico, tornando-se indispensável o diagnóstico e tratamento precoces.


Palavras-chave:  CANDIDEMIA, SEPTICEMIA, UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA