XXI ALAM
Resumo:1141-1


Poster (Painel)
1141-1LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA COMO INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL EM PRAIAS DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autores:Cristina Rocha Pereira (UNESP - RC - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" / UNESP - CLP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Thais Leandra Siems Leandra Siems (UNESP - CLP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Graziele Cristina Stradiotto (UNESP - RC - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" / UNESP - CLP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Ana Julia Fernandes Cardoso de Oliveira (UNESP - CLP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" / UNESP - RC - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

As leveduras do gênero Candida são habitantes comumente encontrados no trato gastrointestinal de vários animais. Essas leveduras podem ser patogênicas, causando uma série de micoses quando em contato direto com o ser humano, e as praias são ambientes propícios para tal. O grande crescimento populacional nas regiões litorâneas tem como consequência a elevada quantidade de efluentes domésticos jogados diretamente ao mar, muitas vezes sem tratamento prévio. Sendo assim, esses microrganismos patogênicos podem também se acumular nas areias de praias, local ideal para o crescimento desses microrganismos devido à grande quantidade de matéria orgânica presente. Além disso, a ressuspensão desse tipo de sedimento pode elevar a densidade desses microrganismos na água do mar. O objetivo do trabalho foi verificar a variação da densidade das espécies de Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei e de Candida glabrata ao longo de cinco meses em três praias do município de Ubatuba, localizado no litoral norte do estado de São Paulo. Nas praias Perequê-Mirim e Enseada são realizados monitoramentos, já na Praia Fortaleza não. As amostras de água foram coletadas em frascos estéreis, as de areia úmida e seca foram coletadas com o auxilio de pás e acondicionadas em sacos plásticos, ambos estéreis. Todas as amostras foram mantidas sob refrigeração e levadas ao laboratório de Microbiologia Marinha da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Experimental do Litoral Paulista, e foram submetidas à técnica de Membrana Filtrante utilizando-se o meio de cultura HiCrome Candida Differential Agar para a identificação a nível de espécie. Os resultados mostram que as densidades de Candida sp. são maiores nas amostras de areia do que nas de água. No mês de fevereiro, as densidades de C. albicans e C. tropicalis foram maiores nas amostras de areia seca do que nas de areia úmida nas três praias. Esta tendência permaneceu nos meses de março e abril, porém no mês de abril as densidades de C. albicans e C. tropicalis foram maiores nas amostras de areia úmida do que nas de areia seca. Maiores densidades de C. glabrata foram encontradas no mês de abril na praia da Enseada. Foram encontrados altas densidades de C. albicans nos meses de Abril e Junho e um crescimento de C. krusei ao logo dos meses, com o maior valor encontrado na praia de Fortaleza. As elevadas concentrações de Candida sp., principalmente nas areias de praia, pode comprometer a saúde dos banhistas. Além disso, a praia de Fortaleza apresentou valores mais altos do que o esperado para uma praia que não possui monitoramento, sugerindo que programas de monitoramento sejam estabelecidos para esta praia.


Palavras-chave:  areias de praias, microrganismos patogênicos, poluição por esgotos