XXI ALAM
Resumo:1134-3


Poster (Painel)
1134-3INFECÇÕES FÚNGICAS INVASIVAS EM IDOSOS
Autores:Alice Cristiane Rangel Silveira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Gleiciere Maia Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ana Paula Santiago Rocha (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Sabrina Stefanne Barboza (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Rejane Pereira Neves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Nos últimos anos, tem sido observado um aumento na taxa de infecções fúngicas invasivas. A existência de fatores predisponentes como imunossupressão, procedimentos médicos invasivos, uso de corticoperapia e/ou antibioticoterapia de amplo espectro, hospitalização em unidades de terapia intensiva é determinante tanto para a infecção, quanto para o curso clínico da doença. O envelhecimento também é considerado um fator predisponente fisiológico, devido às alterações do sistema imunológico e outras condições decorrentes da idade que ocasionam uma resposta diminuída ou insatisfatória frente aos patógenos. Assim, as infecções fúngicas invasivas têm representado impacto negativo significativo sobre a população idosa. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo verificar dados epidemiológicos relacionados a infecções fúngicas invasivas em idosos atendidos no Laboratório de Micologia Médica da Universidade Federal de Pernambuco. Para tanto, foram observadas informações dos registros dos pacientes como material clínico analisado no laboratório, idade, sexo, ocupação, região do corpo da qual foi obtida a amostra clínica e micose diagnosticada. De um total de 12.668 fichas avaliadas, 2.304 eram de pessoas com 60 (18,19%) anos ou mais. Destes, 144 (6,25%) casos correspondiam à análise de amostras clínicas invasivas, sendo 81 (56,25%) indivíduos do sexo masculino e 63 (43,75%) do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 60 a 70 (59,72%) anos. A profissão/ocupação declarada mais frequentemente foi de agricultor 22 (19,47%). 42 (37,17%) relataram não desenvolver nenhuma atividade, sendo aposentados. No diagnóstico dos pacientes idosos, fragmento de tecido foi a amostra clínica invasiva mais frequentemente analisada, totalizando 54 (35,53%) das amostras. Em 19 (12,50%), das 152 amostras clínicas invasivas analisadas no estudo, foi confirmada a etiologia fúngica da infecção, destacando-se como agentes etiológicos mais frequentes Candida 9 (47,37%) e Aspergillus 3 (15,79%). Outros fungos filamentos dimórficos e não dimórficos também foram causa de infecções sendo menos freqüentes. Torna-se relevante o diagnóstico clínico em associação com o diagnóstico laboratorial das infecções fúngicas invasivas em pacientes idosos, visto que o aumento significativo da parcela desse grupo populacional é uma realidade mundial.


Palavras-chave:  Infecções fúngicas invasivas, Idosos, Candida