XXI ALAM
Resumo:1114-1


Poster (Painel)
1114-1EFEITOS DA BIODEGRADAÇÃO DE PETRÓLEO AVALIADOS EM MICROCOSMOS DE SOLO DA FLORESTA AMAZÔNICA COLETADO EM ÁREA DE INFLUÊNCIA DO OLEODUTO URUCU – COARI.
Autores:Wenderson dos Santos Cid (UFAM-ISB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Josemar Gurgel da Costa (UFAM-ISB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Weison Lima da Silva (UFAM-ISB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Messe Elmer Torres da Silva (UFAM-ISB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Ruth da Silva Praia (UFAM-ISB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS)

Resumo

Atualmente a maior produção de petróleo em terra no Brasil ocorre na floresta amazônica, mais precisamente na Província de Urucu, situada na Bacia do Rio Solimões. Pensando nos prejuízos ambientais que um possível derramamento de óleo pode vir a acarretar, que se desenvolveu este trabalho com o propósito de testar em sistemas de microcosmos os efeitos causados pelo petróleo quando em contato com o solo, e a sua possível recuperação mediante a um processo de biorremediação. Este também avaliou o impacto do óleo sobre as populações microbianas ao longo de um período de três meses. O experimento foi dividido em tempos 0, 15, 30, 60 e 90 dias e em grupos controle e experimental, ambos trabalhados em triplicatas. Em cada período foram feitas diluições seriadas na ordem de (10-1 a 10-6) a partir de solo contaminado com 5% de óleo no caso do grupo experimental e apenas solo para o grupo controle, que após foram espalhadas em placas de petri contendo Plate Count Agar (PCA), e incubadas por 48 horas em estufa bacteriológica para posterior contagem de (UFCs) e análise de morfotipos diferentes. Este processo se repetiu em todos os períodos do experimento. Surpreendentemente o petróleo não causou impacto negativo nas populações microbianas, pelo contrário, o óleo parece ter promovido um bioestímulo, ou seja, nos períodos 0, 15, 30 dias as populações microbianas se comportaram de forma constante, mas nos períodos 60 e 90 houve uma queda considerável no número de colônias do grupo controle e permanência seguida de um leve aumento no grupo experimental. Essa queda no grupo controle pode ser atribuída à escassez dos nutrientes presentes nos microcosmos e devido à competição exercida pelas populações bacterianas. Na situação do solo contaminado, a quantidade de espécies bacterianas cultiváveis se manteve em um total de (10 espécies) até o tempo 90, possivelmente pelo petróleo ter atuado como bioestímulo mantendo uma elevada carga de nutrientes para as diversas populações microbianas. Quanto aos degradadores de petróleo, apenas (4 linhagens) foram isoladas apartir de testes em meio mineral minimo acrescido de 2% de petroleo (meio sólido para caracterização de degradadores). Esta baixa quantidade de degradadores, de fato, é esperada para ambientes pouco impactados. Por outro lado, a escassez de degradadores de petróleo pode limitar a biotransformação de óleo e prolongar os efeitos da contaminação sobre a biota, no caso de um derramamento.


Palavras-chave:  Biorremediação, Microcosmos, Solo