XXI ALAM
Resumo:1111-3


Poster (Painel)
1111-3Suscetibilidade de espécies do complexo Sporothrix schenckii frente a cinco antifúngicos
Autores:Cheila Denise Ottonelli Stopiglia (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Daiane Heidrich (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cibele Massotti Magagnin (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Suelen Vigolo (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Maria Lúcia Scroferneker (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

A esporotricose é uma infecção subaguda ou crônica causada por Sporothrix schenckii, a qual apresenta ampla distribuição mundial, sendo que no Rio Grande do Sul é a micose subcutânea de maior incidência. Recentemente, foi proposto que Sporothrix schenckii é um complexo que abrange mais de seis espécies. Nesse contexto, os perfil de sensibilidade a antifúngicos destas espécies ainda precisa ser melhor estudado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de suscetibilidade in vitro de 91 isolados clínicos do complexo S. schenckii, sendo 11 S. brasiliensis, 2 S. globosa, 4 S. mexicana e 74 S. schenckii oriundos de diferentes estados brasileiros (Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), bem como da Espanha e Argentina frente aos antifúngicos itraconazol, cetoconazol, fluconazol, anfotericina B e terbinafina. A metodologia utilizada foi o protocolo M38-A2 do Clinical Laboratory Standards Institute - CLSI. As Concentrações Inibitórias Mínimas (CIMs) obtidas para o itraconazol e cetoconazol foram entre 0,03 e 1 μg/ml, para a anfotericina entre 0,03 e 4 μg/ml, para a terbinafina entre <0,02 e 0,50 μg/ml e para o fluconazol entre 8 e 128 μg/ml. De modo geral, os isolados apresentaram elevada sensibilidade à terbinafina (média geométrica – MG: 0,7 μg/ml), seguido pelo cetoconazol (MG: 0,11 μg/ml), itraconazol (MG: 0,28μg/ml) e anfotericina B (MG: 1,14 μg/ml) e reduzida suscetibilidade ao fluconazol (MG: 59,4 μg/ml). Os isolados da espécie S. mexicana foram os mais sensíveis aos antifúngicos azólicos, enquanto que S. brasiliensis foi a espécie mais sensível a anfotericina B e terbinafina. Portanto, nossos achados reforçam a importância de identificar as espécies do complexo Sporothrix schenckii e de avaliar seus padrões de suscetibilidade para determinar a melhor opção terapêutica para cada caso de esporotricose.


Palavras-chave:  atividade antifúngica, complexo Sporothrix, esporotricose, Sporothrix schenckii, Sporothrix brasiliensis