XXI ALAM
Resumo:1111-2


Poster (Painel)
1111-2Dezesseis anos de dermatomicoses em hospital de referência no Rio Grande do Sul, Brasil
Autores:Daiane Heidrich (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Marcelo Rocha Garcia (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cibele Massotti Magagnin (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cheila Denise Ottonelli Stopiglia (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Tatiane Caroline Daboit (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Suelen Vigolo (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Joel Schwartz (CHSCPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre) ; Gerson Vetoratto (CHSCPA - Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre) ; Maria Lúcia Scroferneker (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

Introdução: Nas últimas décadas, mais de 25% da população foi afetada por fungos na pele. O objetivo do trabalho é conhecer as características epidemiológicas das dermatomicoses no Estado do Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: Os dados foram coletados a partir de registros de pacientes no Serviço de Dermatologia do Complexo Hospitalar Santa Casa, de janeiro de 1996 a dezembro de 2011. Foram incluídos todos os pacientes submetidos a exame micológico direto e/ou cultural. Os dados disponíveis foram: data de coleta, idade, gênero, etnia, região anatômica da lesão, e os resultados dos exames mencionados acima. Regiões anatômicas consideradas foram: cabeça, pescoço, membros superiores (excluindo mão), mão, tronco, genitália, região inguinal, membros inferiores (excluindo pés) e pé. Onicomicose foi analisada separadamente. Discussão: 71463 casos foram atendidos. Missing values foram menores que 5% em todas as variáveis exceto idade (5,8%). A média de idade foi de 44,2 ± 17,8 anos. Pacientes do sexo feminino foram 68,1%. Pacientes brancos foram 90,9%, pardos, 2,6% e negros, 6,5%. Onicomicoses somaram 52,5% dos casos, 41,3% deles na unha do hálux, 33,7% nas outras unhas dos pés e 24% nas unhas das mãos. Micoses da pele ocorreram em 47,5% dos casos, 39,8% deles nos pés, 17,3% no tronco e 12,2% na região inguinal. Os resultados negativos foram 45,9% no exame direto. Dermatófitos foram os mais prevalentes (62% de resultados positivos), seguido por Candida spp. (12,4%), células de leveduras (7,4%) e Malassezia spp. (5,7%). Achados mais raros foram Piedraria hortae e Trichosporon beigelii, em um caso cada. Em 49% dos casos, a cultura não foi solicitada. Das solicitadas, 61% foram negativas. Trichophyton rubrum foi o fungo mais isolado (14,8% de resultados positivos), seguido por Candida spp. (10%) e Trichophyton mentagrophytes (7,4%). Achados mais raros foram Rhinocladiella aquaspersa e Trichophyton kanei (um caso cada). Conclusão: A diferença étnica está de acordo com a diferença da população do Estado. A diferença de casos entre os sexos provavelmente se deve à maior procura de atendimento pelas mulheres. Pé foi a região mais afetada, tanto nas lesões de pele quanto nas unhas. Nos exames direto e cultural, os dermatófitos foram os mais prevalentes, seguidos por Candida spp. O fungo mais frequente foi T. rubrum, o que corrobora os dados da literatura.


Palavras-chave:  dermatomicoses, Malassezia sp., onicomicoses, Piedraria hortae, Trichosporon beigelii