XXI ALAM
Resumo:1092-1


Poster (Painel)
1092-1PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE PRODUZIDO POR ACTINOMYCETES SP. A-18 UTILIZANDO ÓLEO RESIDUAL DE FRITURAS
Autores:Ana Paula Pereira dos Santos (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Mitaliene de Deus Soares Silva (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Maysa Caroline da Silva Ribeiro (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Eduardo Francisco dos Santos (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Leonie Asfora Sarubbo (UNICAP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO) ; Ana Lúcia Figueiredo Porto (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

Os biossurfactantes são subprodutos anfifílicos do metabolismo microbiológico que atuam na superfície reduzindo a tensão superficial e interfacial dos líquidos. Considerando os fatores econômicos a utilização de resíduos indústrias como insumos para produção de biossurfactante é uma alternativa viável para diminuir os custos de produção e torna-los competitivo em relação aos surfactantes sintéticos. Este trabalho tem a finalidade de determinar as propriedades do biossurfactante produzidos por Actinomycetes sp. utilizando como fonte de carbono o óleo de soja residual de frituras. O micro-organismo foi isolado de liquens da Região Amazônica. O pré-inoculo foi preparado em meio caldo ISP-2 e incubados a 200 rpm, 28°C e 48 h. O meio de produção do biossurfactante foi constituído de (g.L-1): K2HPO4, 4,75; NH4Cl, 1,0; MgSO4•7H2O, 0,6, solução de oligoelementos, peptona (2%) e óleo de soja residual de frituras (1%). Realizado um planejamento fatorial completo 24, para analisar as variáveis: agitação (RPM) e aeração (%), temperatura de incubação e pH sobre a tensão superficial (TS) em tensiômetro Sigma 700 (utilizando-se anel de NUOY) e o índice de emulsificação (IE). Para extração do biossurfactante o pH ajustado para 2,0 com HCl a 6M. A extração foi realizada com clorofórmio/metanol. A fase orgânica foi centrifugada e o pellet seco em estufa a 37ºC e 12 h e o rendimento do produto isolado foi calculado em g/L. De acordo com o planejamento, pode-se observar que a melhor produção foi para as condições de pH 7,0, oxigenação 70%, 150rpm e 32ºC, com TS de 25,64 mNm-1 e IE de 95% para o óleo de motor comercial. Os melhores IE foram de 94,72% para o óleo diesel, 92,72% óleo de motor queimado, 66,69% para o óleo de soja, 65,98% para o n-hexadecano e 54,83% para óleo de querosene. O rendimento em biossurfactante isolado foi de 1,3; 1,2 e 0,9g/L para clorofórmio/metanol nas proporções 2:1, 1:1 e 1:2 v/v, respectivamente. Os resultados foram similares aos encontrados por Sobrinho e colaboradores utilizando Candida sphaerica com óleo de soja e milhocina com rendimento de 1,5 a 4,5 g/L e TS 24,5 mNm-1. Pode-se concluir que o biossurfactante produzido pela espécie de Actinomycetes sp. A-18 apresenta atividade superficial e elevados índices de emulsificação, propriedades estas o que o caracterizam como um bom tensoativo de origem natural.


Palavras-chave:  BIOSSURFACTANTE, ACTINOMICETOS, RESIDUOS AGRO-INDUSTRIAIS, OLÉO RESIDUAL DE FRITURA