XXI ALAM
Resumo:1065-2


Poster (Painel)
1065-2Perfil de suscetibilidade de leveduras do gênero Candida formando biofilme
Autores:Laís Carneiro Naziasene Lima (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Fernando Yano Abrão (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Tayse Silva dos Santos (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Maria do Rosário Rodrigues Silva (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Carolina Rodrigues Costa (UFG - Universidade Federal de Goiás)

Resumo

Introdução Candida é um patógeno fúngico oportunista que dependendo de fatores ligados ao microrganismo ou/e hospedeiro pode causar doenças. O uso prolongado de cateter venoso central e nutrição parenteral apresenta risco aumentado para doença invasiva, devido provavelmente à capacidade de espécies de Candida formar biofilme o qual pode conferir resistência a terapia antifúngica e proteger leveduras da resposta imune do hospedeiro. O objetivo do trabalho foi comparar a suscetibilidade in vitro de células sésseis e planctônicas de diferentes espécies de Candida submetidas à ação de fluconazol e anfotericina B. Metodologia O teste de suscetibilidade in vitro para 26 isolados de Candida provenientes do sangue de pacientes internados no Hospital Araújo Jorge de Goiânia foi realizado pelo método de microdiluição em caldo, segundo os padrões determinados pelo CLSI. A formação de biofilme foi realizada usando o ensaio de redução 2,3 bis (2-metoxi-4-nitro-5-sulfofenil)-2H-tetrazolium-5-carboxanilida. Após o amadurecimento dos biofilmes, as células foram tratadas com diluição seriada dos antifúngicos, sendo a concentração inicial de fluconazol de 1024 μg/mL e anfotericina B de 256 μg/mL. A concentração inibitória mínima das células sésseis (CIMs) foi definida como a menor concentração capaz de produzir uma redução na densidade ótica igual a 50% (fluconazol) e 80% (anfotericina B) em comparação ao controle. Resultados e Discussão O teste de suscetibilidade das células planctônicas mostrou variação nos valores da CIM de 0,125 μg/mL a >64,0 μg/mL para fluconazol e de 0,016 μg/mL a 1,0 μg/mL para anfotericina B. O perfil de suscetibilidade de células sésseis mostrou que os isolados tornaram-se mais resistentes ao fluconazol do que à anfotericina B quando comparado com células planctônicas. Cinco (19,2%) amostras identificadas como Candida tropicalis não foram capazes de formar biofilmes. Conclusão Os resultados obtidos comprovaram a dificuldade de obtenção de biofilmes por algumas espécies de Candida, como observado em nosso trabalho onde se verificou ausência de biofilmes em isolados de C. tropicalis. Da mesma forma o trabalho evidencia o caráter de resistência em isolados formando biofilmes. O trabalho evidencia a importância de realização do teste de suscetibilidade in vitro de isolados de biofilmes para uma terapia adequada, já que formação destes é de ocorrência comum em indivíduos que fazem uso de dispositivos invasivos.


Palavras-chave:  Biofilme, Candida, Suscetibilidade