XXI ALAM
Resumo:1050-1


Poster (Painel)
1050-1AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE A PARTIR DO RESÍDUO DA INDÚSTRIA DE MANDIOCA
Autores:Gisele Ferreira Bueno (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Cleidiane Samara Murari (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Vanildo Luiz Del Bianchi (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Os biossurfactantes são compostos com baixa toxicidade e alta biodegradabilidade com capacidade de reduzir as tensões superficial e interfacial, com possibilidade de produção in situ e a partir de fontes renováveis. Apresentam as mesmas propriedades dos surfactantes químicos, tais como emulsificação, capacidade espumante, capacidade molhante, lubrificação, detergência, dispersão e solubilização de fases, sendo sua aceitabilidade ecológica a vantagem mais importante sobre os surfactantes químicos. Porém, ainda não são capazes de competir economicamente com os surfactantes químicos, principalmente devido ao seu alto custo. Os setores agroindustriais e de alimentos produzem grandes quantidades de resíduos, tanto líquidos como sólidos. Esses resíduos podem apresentar elevados problemas de disposição final e potencial poluente, além de representarem, muitas vezes, em perdas de biomassa e de nutrientes de alto valor. A busca pela redução do custo de produção do biossurfactante e, ao mesmo tempo, pela redução dos problemas ambientais relacionados ao descarte e custos do tratamento de resíduos, tem motivado estudos voltados para a produção desses compostos a partir de fontes renováveis de nutrientes. O uso de substratos alternativos de baixo custo, tais como resíduos agroindustriais, é uma importante estratégia para melhorar e facilitar o desenvolvimento industrial da produção de biossurfactantes. Esse trabalho objetivou avaliar a utilização de crueira na produção de biossurfactante por Bacillus subtilis em fermentação em estado sólido. A fermentação foi realizada em sacos de polietileno que continham 10 gramas de crueira, acrescidos de tampão fosfato e óleo de fritura na concentração para se obter 60% de umidade e incubados a 37°C por 48 horas. Foram realizadas análises de produção bruta, tensão superficial e índice de emulsificação. Os resultados demonstraram que ocorreu uma produção de 0,2 g/L e uma redução da tensão superficial para 38 mN/m -1. Também foram encontrados os bons valores em relação ao índice de emulsificação. Os resultados mostraram que a crueira pode ser considerada um substrato promissor na produção do biossurfactante.


Palavras-chave:  Bacillus subtilis, biossurfactante, crueira, fermentação em estado sólido