XXI ALAM
Resumo:1037-3


Poster (Painel)
1037-3Determinação da Concentração Inibitória Mínima (MIC) dos antimicrobianos linezolida, tigeciclina, quinupristina/dalfopristina e daptomicina e resistência à oxacilina em S. epidermidis e S. haemolyticus isolados de hemoculturas
Autores:Luiza Pinheiro (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Carla Ivo Brito (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Valéria Cataneli Pereira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Staphylococcus epidermidis e S. haemolyticus representam um dos microrganismos comensais de pele mais frequentes em bacteremias, facilitadas graças a altas taxas de resistência a antibióticos. Objetivou-se detectar a resistência à oxacilina (gene mecA) e o MIC (Concentração Inibitória Mínima) de novas drogas antimicrobianas, linezolida, tigeciclina, quinupristina/dalfopristina e daptomicina, em S. epidermidis e S. haemolyticus de hemoculturas de pacientes do Hospital das Clínicas da UNESP. Os isolados foram identificados por provas bioquímicas e ITS-PCR. O gene mecA foi detectado pela técnica de PCR e o MIC das drogas através da técnica de E-test®. Foram isoladas 88 amostras de S. epidermidis, sendo 72,7% positivas para o gene mecA, e 67 de S. haemolyticus, 92,5% positivas para este. Para a linezolida, S. epidermidis apresentou 2,3% com MIC de 1µg/ml, 97,7% MIC ≤ 0,75µg/ml, com MIC50 de 0,25 e MIC90 de 0,5µg/ml; já S. haemolyticus, 13,4% com MIC de 0,5 e 86,5% MIC ≤ 0,38µg/ml, com MIC50 de 0,25 e MIC90 de 0,5µg/ml. Para tigeciclina, 2,3% dos S. epidermidis apresentaram MIC de 0,75 e 97,7% MIC ≤ 0,38µg/ml, com MIC50 de 0,094 e MIC90 de 0,38µg/ml; já S. haemolyticus, 1,5% com MIC de 2µg/ml e 7,5% MIC de 0,75 e 0,5µg/ml, com MIC50 de 0,19 e MIC90 de 0,38µg/ml. Em relação à daptomicina, S. epidermidis apresentaram 4,5% com MIC de 0,25µg/ml e 95,5% com MIC ≤0,19µg/ml, com MIC50 de 0,079 e MIC90 de 0,19µg/ml; já S. haemolyticus demonstraram 3% de MIC 0,125 e 97% MIC de 0,094µg/ml, com MIC50 de 0,047 e MIC90 de 0,094µg/ml. Em relação à quinupristina/dalfopristina, S. epidermidis apresentaram 1,1% com MIC de 1,5µg/ml, não considerada sensível e 9% com MIC de 0,75 e 0,5µg/ml, com MIC50 de 0,19 e MIC90 de 0,5µg/ml; já S. haemolyticus apresentaram 1,5% com MIC de 4µg/ml, considerada resistente, e 1,5% com MIC de 1µg/ml, com MIC50 de 0,25 e MIC90 de 0,5µg/ml. Observou-se que S. haemolyticus, em relação a S. epidermidis, mostraram maiores taxas de resistência à oxacilina, maiores MICs para tigeciclina e quinupristina/dalfopristina, com uma amostra resistente a esta última, dados condizentes com estudos que demonstram a multi-resistência desta espécie. A resistência à quinupristina/dalfopristina em estafilococos é rara; entretanto, tais dados demonstram a necessidade de controle dos novos antimicrobianos, de modo a prevenir a seleção de cepas resistentes.


Palavras-chave:  Staphylococcus epidermidis, S. haemolyticus, linezolida, tigeciclina, quinupristina/dalfopristina