XXI ALAM
Resumo:1037-2


Poster (Painel)
1037-2Determinação da Concentração Inibitória Mínima (MIC) de vancomicina e detecção de resistência à oxacilina em Staphylococcus epidermidis e S. haemolyticus isolados de hemoculturas
Autores:Luiza Pinheiro (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Carla Ivo Brito (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Valéria Cataneli Pereira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Staphylococcus epidermidis e S. haemolyticus são os agentes gram-positivos causadores de bacteremias mais frequentemente encontrados. O uso indiscriminado de antibióticos vem selecionando cepas com resistência à oxacilina e susceptibilidade reduzida à vancomicina. Objetivou-se determinar a os perfis de resistência a antimicrobianos em S. epidermidis e S. haemolyticus de hemoculturas de pacientes do Hospital das Clínicas da UNESP. A identificação foi feita através de provas bioquímicas e ITS-PCR. O gene mecA, responsável pela resistência à oxacilina, foi detectado pela técnica de PCR e o MIC (Concentração Inibitória Mínima) de vancomicina através da metodologia de E-test® e da técnica padrão-ouro, microdiluição em caldo. Foram isoladas 85 amostras de S. epidermidis, das quais 72,9% possuíam o gene mecA, e 69 amostras de S. haemolyticus, 94,2% positivas para este gene. Pela técnica de microdiluição em caldo para vancomicina, 38,8% de S. epidermidis possuíam MIC de 2µg/ml e 61,2% de 1µg/ml, o MIC50 foi de 1µg/ml e o MIC90 de 2µg/ml, enquanto que para S. haemolyticus, 5,8% possuíam MIC de 0,5µg/ml, 66,7% MIC de 1µg/ml e 26,1% MIC de 2µg/ml, sendo que o MIC50 foi de 1µg/ml e o MIC90 2µg/ml. Pela metodologia de E-test®, para S. epidermidis e S. haemolyticus, respectivamente, 1,2% e 1,4% das amostras apresentaram MIC de 3µg/ml, 49,4% e 27,5% demonstraram MICs de 1,5 e 2µg/ml, 37,6% e 46,4% MICs de 0,75 e 1µg/ml, sendo que os MIC50 foram de 1,25µg/ml e 1,0 µg/ml, e o MIC90 de 2µg/ml para ambas as espécies. A concordância das técnicas foi de 60%. Observou-se que possuíam o gene mecA 93,7% das amostras com MIC de 2µg/ml e 100% daquelas com MIC de 3 µg/ml, possivelmente resultado de pressão seletiva no ambiente hospitalar. Os resultados demonstram altas taxas de resistência à oxacilina, principalmente em S. haemolyticus, espécie considerada multi-resistente, apesar dos MICs de vancomicina encontrados serem menores em relação a S. epidermidis. A grande prevalência destas cepas com maiores MICs consiste em um grave problema, já que concentrações menores da droga no organismo podem resultar em falha terapêutica. A concordância encontrada das metodologias não foi totalmente expressiva, sendo que a técnica de E-test® subestimou os MICs em relação à microdiluição. Desse modo, tornam-se necessários mais estudos para a reavaliação do uso de E-test® para diagnóstico clínico.


Palavras-chave:  Staphylococcus epidermidis, S. haemolyticus, oxacilina, vancomicina, MIC