XXI ALAM
Resumo:1037-1


Poster (Painel)
1037-1Detecção de genes de enterotoxinas e biofilme em Staphylococcus epidermidis e S. haemolyticus isolados de hemoculturas
Autores:Luiza Pinheiro (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Carla Ivo Brito (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Valéria Cataneli Pereira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Adilson Oliveira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Staphylococcus epidermidis e S. haemolyticus consistem nos agentes microbianos mais frequentes em infecções associadas a dispositivos médicos, ainda produzindo toxinas que podem gerar intoxicações alimentares. Este estudo objetivou detectar os genes responsáveis pelas enterotoxinas A, B, C, D, E, G, H e I, e determinar a presença dos genes responsáveis pela produção do biofilme, icaA e icaD em isolados de hemoculturas de pacientes do Hospital das Clínicas da UNESP. As espécies foram identificadas por provas bioquímicas e confirmação genotípica por ITS-PCR; os genes das enterotoxinas e do biofilme foram detectados através da técnica de PCR. Foram isoladas 88 amostras de S. epidermidis, as quais 47,7% foram positivas para o gene icaA e 78,4% para icaD, sendo que 46,6% foram positivas para os dois genes, e 20,5% negativas para ambos; e 66 amostras de S. haemolyticus, que demonstraram apenas 1,5% de positividade para icaA, e 75,8% para icaD, sendo que 24,2% foram negativas para ambos os genes. Em relação aos genes das enterotoxinas, S. epidermidis demonstraram 60,2% de positividade para sea, 28,4% para seb, 29,5% para sec, 4,5% para sed, 3,4% para see, 73,9% para seg, 12,5% para seh e 75% para sei, sendo que 95,5% apresentaram pelo menos um gene de toxina. Já S. haemolyticus apresentaram 51,5% de positividade para sea, 43,9% para seb, 24,2% para sec, 1,5% para sed, 4,5% para see, 68,2% para seg, 14,9% para seh e 65,2% para sei, sendo que 84,8% apresentaram pelo menos um gene de toxina. Foi possível observar que grande parte das amostras positivas para os genes ica possuía mais genes de enterotoxinas. A espécie S. epidermidis apresentou maior taxa de genes ica em relação a S. haemolyticus, sendo que esta última raramente apresentou icaA, gene considerado mais importante na formação do biofilme; S. epidermidis, assim, teria maior potencial para a formação dessa substância, contribuindo com a ocorrência dessas bactérias em dispositivos médicos. Este estudo demonstra a presença de genes de enterotoxinas na quase totalidade das cepas, em maior parte em S. epidermidis, e alguns genes como o sea, seg e sei, parecem estar mais presentes nesses microrganismos, estando portanto mais associados às intoxicações causadas por essas espécies.


Palavras-chave:  Staphylococcus epidermidis, S. haemolyticus, enterotoxinas, biofilme