XXI ALAM
Resumo:1033-1


Poster (Painel)
1033-1Detecção de HPV em amostras de cérvice uterina
Autores:Lisléia Golfetto (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Toni Ricardo Martins (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina / IMT-USP - Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo) ; Eduardo Venâncio Alves (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Thaís Marques Sincero (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Ana Paula Menegaz do Carmo (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Maria Luiza Bazzo (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

O Papilomavírus Humano (HPV) é responsável por infecções sexualmente transmissíveis tipo-específica e diversos estudos o considera um co-fator no desenvolvimento do câncer de colo uterino e de outras alterações celulares significativas. Por isso, a infecção por HPV é reconhecida como um grande problema de saúde pública. Dados epidemiológicos sobre essa infecção são extremamente desejáveis para amparar as políticas de prevenção ao câncer de colo de útero. Em Santa Catarina pouco se conhece sobre a epidemiologia do HPV. Neste contexto, o presente trabalho objetivou estimar a frequência de HPV em amostras cervicais de mulheres da cidade de São Miguel do Oeste – SC.Foram avaliadas 77 amostras de raspado cervicais coletadas nas Unidades de Saúde do Município entre agosto e novembro de 2011, de mulheres sem sintomatologia clínica, que procuraram o centro de saúde para realização do exame de citologia oncótica e assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. As amostras foram conservadas em Sure Path (TriPath Imaging) , o DNA foi extraído por QIAamp DNA Mini Kit (Quiagen), a detecção do HPV foi realizada pela PCR com os iniciadores MY09/11 e as amostras negativas foram submetidas à nested-PCR com iniciadores GP5+/6+. A genotipagem das amostras positivas foi feita por RFLP e/ou PCR tipo-específico (PCR-TE) para os tipos 6, 11, 16, 18 e 33. Dentre as amostras analisadas, 13 (16%) foram reagentes, destas 6 com MY09/11 e 7 com GP5+/6+. Do total 5 amostras foram genotipadas tendo sido encontradas uma de cada tipo HPV06, HPV11, HPV16, HPV33 e HPV68. As demais amostras positivas permaneceram sem identificação. Os primers MY09/11 e GP5+/6+ amplificam um amplo espectro de genótipos, mas com diferentes níveis de sensibilidade entre os tipos de HPV, provavelmente porque MY possui bases degeneradas, que possibilitam erros no pareamento. O elevado percentual encontrado nas amostras do presente estudo pode refletir infecções transitórias uma vez que 92% dos casos apresentam citologia sem alterações. Alternativamente, a possibilidade de problemas técnicos, especialmente em relação à nested-PCR, estão sendo investigados com uso de iniciadores PGMY09/11. Estudos já demonstraram que os iniciadores PGMY são mais sensíveis e, além disso, o produto obtido permite a genotipagem por RFLP e seqüenciamento, o que aumenta a sua especificidade e elimina a etapa de nested-PCR.


Palavras-chave:  HPV, câncer cervical, PCR