XXI ALAM
Resumo:1024-1


Poster (Painel)
1024-1Crescimento em altas temperaturas e atividade hemolíticas de leveduras do gênero Candida isoladas de pacientes hospitalizados
Autores:Luana Mireli Carbonera Rodrigues (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Danielle Ferreira Lonchiati (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Adriana Araújo de Almeida (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Bruna de Paula Bicudo (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Kelly Mari Pires de Oliveira (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

A ocorrência das infecções hospitalares causadas por espécies de Candida está associada ao uso de antimicrobianos potentes e de largo espectro, procedimentos invasivos e internação prolongada, que acomete, principalmente, os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Por consequência, há interesse nos fatores de virulência destas leveduras, para estabelecer estratégias de controle com antifúngicos e prevenção. Uma característica associada com a patogenicidade em humanos é a propriedade de multiplicação a altas temperaturas, como 39ºC e 42ºC. A atividade hemolítica também é conhecida por ser fator de virulência e contribuir para patogenicidade em espécies de Candida. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a virulência de espécies de Candida através do crescimento em altas temperaturas e atividade hemolítica. Foram avaliadas amostras de Candida spp. provenientes de pacientes internados no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados, no período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012. As amostras foram isoladas pelo CHROMagar Candida® e identificadas pelos testes fenotípicos da metodologia clássica. Para avaliar o crescimento em altas temperaturas, as leveduras foram semeadas em ágar Sabouraud e incubadas a 39ºC e 42ºC por 72h. O teste foi realizado em duplicata. A atividade hemolítica foi avaliada através do cultivo das leveduras em ágar Sabouraud com a adição de sangue de carneiro e suplementado com glicose. O teste foi realizado em duplicata, em três momentos diferentes. No período de estudo, foram obtidas 42 leveduras dos pacientes internados, destas 45,24% eram de C. tropicalis, 30,95% de C. albicans, 19,05% de C. glabrata e 4,76% de C. krusei. Das amostras analisadas, 95,23% apresentaram atividade enzimática altamente positiva e 4,77% das amostras apresentaram-se positivamente. Em relação ao crescimento em altas temperaturas, todas as amostras apresentaram crescimento positivo. Conforme os dados apresentados, a virulência das espécies de Candida isoladas de pacientes hospitalizados em relação à esses dois fatores é alta, o que infere na necessidade de mais estudos sobre patogenicidade e virulência para o controle e prevenção de infecções hospitalares causadas por estas leveduras.


Palavras-chave:  Candida, virulência, infeccção hospitalar