XXI ALAM
Resumo:1008-1


Poster (Painel)
1008-1Avaliação do Efeito de Tratamento Físico-Químico na Composição Química e Estrutural do Bagaço de Cana.
Autores:Christiane da Costa Carreira Nunes (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Marcia Maria de Souza Moretti (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Maurício Boscolo (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Roberto da Silva (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Eleni Gomes (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

No Brasil o etanol combustível é produzido através do processamento do caldo de cana de açúcar. Atualmente o bagaço de cana é utilizado na geração de energia e aquecimento de caldeiras nas usinas. Porém essa massa lignocelulósica continua bastante disponível e é fonte de açúcares fermentescíveis, constituindo-se alternativa para a produção de etanol. O maior entrave no uso do material é a forte resistência à hidrólise química e/ou enzimática para a liberação dos açúcares. O presente trabalho teve como objetivo avaliar ultra - estruturalmente o efeito do pré-tratamento do bagaço com hidróxido de sódio a 0,07 M em 70% de glicerol e microondas por 2 minutos na desestruturação da parede celular do bagaço. Após a aplicação de microondas, 30 mL de água destilada foi adicionada ao material, a mistura foi homogeneizada e filtrada a vácuo. O filtrado foi utilizado para a determinação da quantidade de açúcares redutores e compostos fenólicos liberados. Após o pré-tratamento o bagaço foi fixado em solução de glutaraldeído a 2,5 % em tampão fosfato (0,1 M pH 7,3); pós-fixado em tetróxido de ósmio a 1%; desidratado em séries crescentes de acetona; emblocado, cortado e analisado em microscópio eletrônico de transmissão. Como controle utilizamos o material não tratado. O solvente orgânico associado a um alcalino proporcionou uma liberação de açúcares redutores de 1,2 mg por 1 g de peso seco de bagaço. Essa mistura rendeu resultados ainda melhores quando analisados os compostos fenólicos liberados (2,1 mg de compostos fenólicos por 1 g de peso seco de bagaço).Com a utilização de reagente alcalino sobre as fibras do bagaço observou-se em nível ultra-estrutural, uma liquefação principalmente da parede secundária, houve também o rompimento da membrana de pontoação, e da lamela média. Além disso, notou-se uma mudança na elétron-densidade do material e rupturas da membrana secundária. Nossas análises ultra-estruturais mostram que houve mudanças morfológicas importantes na parede celular do bagaço de cana pré-tratado com hidróxido de sódio o que possivelmente contribuirá na liberação de açúcares fermentescíveis para a produção de etanol combustível.


Palavras-chave:  Ultra-estrutura, Bagaço, Cana de Açúcar