XXI ALAM
Resumo:1000-3


Poster (Painel)
1000-3PROSPECÇÃO DE PEPTÍDEOS SINTÉTICOS TETRAVALENTES CONSTRUIDOS A PARTIR DA PROTEINA E NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS TESTES IMUNOENZIMÁTICOS PARA O DETECÇÃO DE ANTICORPOS IGM ANTI-DENGUE
Autores:Clauden José Chaib Zanolli Júnior (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Lauro César Felipe da Costa (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Raissa Prado Rocha (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Luiz Cosme Cotta Malquias (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Luiz Felipe Leomil Coelho (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas)

Resumo

Brasil é uma das regiões mais afetadas no Mundo pela dengue, sendo responsável por aproximadamente 60% das notificações nas Américas. Várias epidemias de Febre do Dengue e Febre Hemorrágica do Dengue têm sido relatadas no Brasil, o que demonstra a necessidade de um monitoramento epidemiológico eficiente e desenvolvimento de drogas antivirais e vacinas para esta importante virose. A vigilância epidemiológica da dengue deve se basear em testes laboratoriais precisos e rápidos. Vários testes diagnósticos têm sido utilizados para o diagnóstico da infecção por Dengue vírus (DENV), e estes estão baseados principalmente na detecção da partícula viral e seus componentes (RNA viral e proteínas) como também na detecção de anticorpos contra os DENV. Este trabalho objetivou avaliar o potencial de peptídeos sintéticos no desenvolvimento de novos testes imunoenzimáticos do tipo ELISA que possam diagnosticar anticorpos IgM anti-dengue em amostras de soro humano. Os peptídeos são compostos por sequencias de aminoácidos presentes somente no grupo do DENV, são extremamente conservados entre os quatro sorotipos de DENV (vários isolados mundiais), possuem alta afinidade para a ligação à MHC classe II e estão expostos quando a proteína E se encontra tanto na forma de dímeros ou trímeros. Foram testadas 42 amostras de soro de pacientes com suspeita de dengue através do método de ELISA utilizando os peptídeos como antígenos. Os resultados obtidos utilizando os peptídeos foram comparados com os resultados obtidos pelo ELISA comercial PanBio IgM. Os resultados indicam que das 42 amostras testadas pelo kit PanBio IgM, 16 (38,1%) foram positivas e 26 negativas (61,9%). Para o teste ELISA que utilizou o Pep01, 5 (11,10%) amostras foram consideradas positivas e 37 negativas (88,1%). Utilizando o Pep02, 28 (66,7%) das amostras foram consideradas positivas e 14 negativas (33,3%). O Pep03 foi o que melhor se destacou, pois apresentou 33 amostras positivas (78,5%) e 9 negativas (21,5%). Os resultados indicam a presença de anticorpos contra os peptídeos no soro de pacientes com suspeita de dengue e que o uso de alguns peptídeos (Pep02 e Pep03) como antígenos em testes ELISA mostrou uma bom desempenho, pois apresentou um numero maior de amostras positivas do que o kit comercial.


Palavras-chave:  anticorpo, Dengue vírus, ELISA