XXI ALAM
Resumo:995-2


Poster (Painel)
995-2Presença de Mollicutes em surto de doença reprodutiva em rebanho bovino no Estado da Paraíba, Brasil
Autores:André da Rocha Mota (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Júnior Mário Baltazar de Oliveira (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; José Givanildo da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Marcus Mello Rego de Amorim (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Maria Lydia de Freitas Viégas (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Guilherme Veras Veras, G.a. (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; José Wilton Pinheiro Júnior (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Sandra Batista dos Santos (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Rinaldo Aparecido Mota (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Resumo

Membros da Classe Mollicutes são encontrados colonizando a mucosa nasal, ocular, orofaringe, conduto auditivo, glândula mamária, articulações e sistema urogenital. Sendo considerados componentes da microbiota, porém, em algumas ocasiões podem determinar síndromes micoplásmicas, levando a perdas na produtividade dos animais. Em março de 2012 foi diagnosticado um surto de doença reprodutiva em um rebanho bovino do Estado da Paraíba, Brasil. Foram examinadas 32 vacas e dois touros da raça Girolando. As amostras foram coletadas com uso de suabes estéreis após a assepsia da região genital externa, posteriormente foi aplicado um questionário epidemiológico. Um total de 34 amostras de suabes reprodutivos foram usadas para extração de DNA genômico, usando-se kit comercial, de acordo com protocolo do fabricante. As reações da PCR para Mollicutes e Ureaplasma spp. foram realizadas com os oligonucleotídeos MGSO e GPO3; UGP-F’ e UGP-R, respectivamente. Os perfis térmicos das reações foram baseados em protocolos padrão descritos na literatura para a classe e gênero investigados. A reação da PCR para Mollicutes foi realizada em um volume final de 25mL contendo: 5μL de tampão Tris-HCl, 30pmol de cada primer, 25μL de MgCL2, 25μL de cada nucleotídeo, 2,5UI de Taq DNA polimerase e 5μL de DNA. A PCR para Ureaplasma spp. consistiu de um mix com: 5μL de DNA genômico, 30pmol de cada oligonucleotídeo, 6,25μL de TopTaq Mastermix e água Mili-Q ultrapura. Das 32 vacas examinadas 90,6% (29/32) estavam com histórico de repetição de cio; 12,5% (4/32) estavam com histórico de aborto recente, sendo 75% no terço final da gestação e 25% aos três meses de gestação e 18,75% (6/32) apresentaram lesões de vulvovaginite granular. A frequência de Mollicutes detectada na PCR foi de 65,6% (21/32) e para Ureaplasma spp. foi de 50% (16/32). Conclui-se que membros da Mollicutes estão entre os agentes que causam doença reprodutiva nos bovinos da região.


Palavras-chave:  Micoplasmoses, PCR, Mollicutes