XXI ALAM
Resumo:980-1


Poster (Painel)
980-1Avaliação da suscetibilidade antimicrobiana de Pseudomonas aeruginosa isoladas de amostras de água do Lago Juturnaíba/RJ.
Autores:Thiago Pavoni Gomes Chagas (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Letícia Carlos Giacomin (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Isabel Nogueira Carramaschi (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Jéssica Gonçalves Vieira da Cruz (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Marcos Tavares Carneiro (ENSP/FIOCRUZ - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca) ; Dalton Marcondes Silva (ENSP/FIOCRUZ - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca) ; Viviane Zahner (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Marise Dutra Asensi (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

Pseudomonas aeruginosa é um dos principais agentes de infecção hospitalar em hospitais brasileiros. Também está amplamente distribuído no ambiente e é capaz de persistir por longos períodos em ambientes adversos. A importância clínica da infecção por P. aeruginosa caracteriza-se pela expressão de múltipla resistência a antimicrobianos. Bactérias resistentes aos antimicrobianos têm sido isoladas em amostras clínicas, mas muitas também vêm sendo detectadas em amostras ambientais. Este estudo investigou o perfil de suscetibilidade, entre amostras de água do Lago Juturnaíba, de isolados de P. aeruginosa. O lago situa-se entre os municípios de Silva Jardim e Araruama/RJ e pertence à bacia de drenagem do Rio São João. Este corpo hídrico possui uma diversidade morfofisionômica de ambientes, afluentes com águas de diferentes qualidades e serve a múltiplos usos. No período de junho de 2009 a junho de 2010, foram realizadas sete coletas em diferentes pontos do lago: fozes de rios (pontos 1, 2 e 3), proximidade a povoados (ponto 5), áreas de águas lênticas (ponto 4), o meio do lago (ponto 6), além de pontos-controle de poluição (pontos 7 e 8). A identificação fenotípica dos isolados bacterianos foi realizada por provas bioquímicas convencionais. O perfil de suscetibilidade foi determinado pela técnica de difusão em ágar de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (2011). Os seguintes antibióticos foram utilizados: amicacina, ciprofloxacina, ceftazidima, imipenem, meropenem, cefepime, aztreonam, piperacilina-tazobactam, colistina e polimixina B. No trabalho, foram detectadas taxas de resistência significativas para amicacina (98%), aztreonam (38%), piperacilina-tazobactam (7%), ciprofloxacina (10%), polimixina B (7%) e colistina (7%). Quanto às cefalosporinas, as taxas de resistência foram 17% e 10% para ceftazidima e cefepime respectivamente. Oito isolados (19%) apresentaram resistência a pelo menos um dos antibióticos carbapenêmicos testados (imipenem e meropenem). Tais isolados foram provenientes de diferentes pontos de coleta: pontos 2 (n=2) e 3 (n=1) da foz do rio; ponto 4 (n=3); ponto 5 próximo aos povoados (n=1); e ponto 6 (n=1) no meio do lago. A partir dos resultados obtidos, o trabalho reforça a problemática da resistência bacteriana. Ambientes aquáticos podem constituir uma rota de disseminação de microrganismos resistentes.


Palavras-chave:  P. aeruginosa, resistência, antimicrobianos, Lago Juturnaíba