Resumo

Introdução: Candidíase vulvovaginal ocupa segundo lugar dentre as vaginites. Candida albicans é responsável pela maioria dos episódios sintomáticos das vulvovaginites por Candida. Entretanto, um fato a considerar é o aumento de infecções por espécies de Candida não C. albicans, que contribui para as altas taxas de recorrência e resistência. Objetivo: Determinar a prevalência de leveduras e estabelecer o perfil de sensibilidade antifúngica da espécie mais prevalente.Metodologia: 144 amostras de pacientes tratadas em um hospital público de São Luis-MA foram analisadas. A coleta microbiológica foi feita por meio de swabs estéreis para isolamento e identificação de linhagens de Candida. As leveduras isoladas foram identificadas pelo meio CHROMagar e pelo sistema automatizado VITEK. As determinacoes das concentracoes inibitorias minimas e concentracoes fungicidas minima foram realizadas com base no documento M27-A2 do CLSI. Resultados:Dentre as espécies identificadas Candida parapsilosis foi a mais frequente. Foi estabelecido o perfil de sensibilidade de C. parapsilosis aos antifúngicos fluconazol e itraconazol utilizadas na terapêutica. Sendo analisadas 26 amostras onde, 15 (57,6%) foram classificadas como resistentes ao fluconazol, 2 (7,7%) foram classificadas como sensibilidade dose-dependente e 9 (34,7%) das amostras mostrou-se suscetível. Em relação ao itraconazol foram testadas 32 amostras onde 17 (53,1%) se mostraram ser resistente, 9 (28,1%) apresentaram sensibilidade dose-dependente e 6 (18,8%) foram suscetível Conclusão: No estudo foi observado um alto índice de resistência para o fluconazol e o itraconazol. Isto pode refletir um aumento da taxa de recidivas nas infecções e alerta para a emergência de cepas com resistência adquirida.