Resumo

O leite materno é o alimento mais adequado para recém-nascidos a termo e prematuros. Contém mais de 250 nutrientes essenciais à saúde do bebê e auxilia no combate da morbi- mortalidade infantil em países em desenvolvimento. Embora auxilie na imunidade do recém-nascido, esse leite pode se tornar fonte de infecção para o lactente. Assim, o este estudo avaliou a eficiência dos processos de pasteurização e fracionamento na eliminação de Staphylococcus aureus de leite materno. As amostras foram obtidas de Banco de Leite Humano da UNESP, Botucatu, SP, Brasil. A preparação do leite iniciava com o leite cru, seguido de pasteurização e, finalmente, fracionamento. Avaliou-se nessas fases a presença de S. aureus. Foram avaliadas 50 amostras do leite cru, 50 do pasteurizado e 15 do fracionado. Os estafilococos foram isolados pelo método da semeadura em superfície, no qual 0,1ml do leite puro foi depositado em placas com ágar Baird-Parker, suplementado com telurito de potássio e solução de gema de ovo. Para identificação das espécies coagulase positivas foram realizados os testes da produção de catalase, teste da coagulase em tubo, Fator Clumping e prova VP. Das amostras de leite cru, pasteurizado e fracionado, 43 (86%), 14 (28%) e 4 (26,7%) estavam contaminadas com S. sp, respectivamente. Em cada um desses casos foi possível isolar, respectivamente, 168, 47 e 12 cepas. Dessas cepas, apenas 21 (9,25%) eram coagulase positiva, das quais 19 (90,5%) eram Fator Clumping positivo e VP positivas. Apenas uma dessas cepas foi isolada do leite fracionado, sendo as demais isoladas do leite cru. Conclui-se que a qualidade higiênico-sanitária do leite distribuído é eficiente, uma vez que o leite só é distribuído aos recém-nascidos após a pasteurização, quando não houve contaminação expressiva. Apoio: FAPESP ( bolsa de iniciação científica processo 2012/06865-0)