XXI ALAM
Resumo:972-1


Poster (Painel)
972-1DETECÇÃO DA HETERORESISTÊNCIA À OXACILINA E INDUÇÃO DA EXPRESSÃO DA RESISTÊNCIA À PENICILINA EM AMOSTRAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE SAÚDE
Autores:Maria Cecília Bianchi Soares (IAL- SANTOS - Instituto Adolfo Lutz - CLR Santos / FAFAR UNISANTOS - Faculdade de Farmácia - Unisantos) ; Sérgio Olavo Pinto Costa (IPECI - UNISANTOS - Inst. Pesq. Cient. Tecnol. - Univ. Católica de Santos) ; Sabrina Lira Silva (FAFAR UNISANTOS - Faculdade de Farmácia - Unisantos) ; Fabiana Oliveira Martins (FAFAR UNISANTOS - Faculdade de Farmácia - Unisantos) ; Gulherme Rabello Coelho (PAP/ IAL/SES - Programa Aprimoramento Fundap)

Resumo

A heteroresistência à oxacilina em S. aureus, é um evento que deve ser investigado, uma vez que alguns isolados podem mostrar-se sensíveis em testes de rotina, porém, devido a essa condição, pode ocorrer falha terapêutica. Uma amostra resistente à oxacilina, é considerada resistente a todos os betalactâmicos. O principal mecanismo que determina resistência à oxacilina é a presença de uma proteína de membrana alterada, a PBP2a, com baixa afinidade pelos betalactâmicos. O determinante gênico que codifica a PBP2a é o mecA. Os elementos reguladores que controlam a transcrição do mecA possuem alto grau de homologia com os genes que regulam a produção de betalactamases, principal mecanismo de resistência à penicilina. Em S. aureus, é reconhecido que a resistência é condicionada a múltiplos fatores físico-químicos, assim, cepas resistentes podem não ser detectadas pelos métodos convencionais. Na tentativa de aumentar a detecção da resistência à oxacilina, diversos métodos têm sido propostos e alguns baseiam-se em modificações do método clássico, e incluem variações na temperatura e tempo de incubação e adição de cloreto de sódio ao agar Muller Hinton (MH/NaCl). Assim, nosso objetivo foi detectar heteroresistência à oxacilina e induzir a expressão do gene bla em amostras de S. aureus sensíveis a penicilina. As 19 amostras de S. aureus utilizadas neste estudo, foram obtidas em estudo anterior. Para pesquisa da heteroresistência à oxacilina, os isolados foram semeados em agar MH/NaCl em duplicata e aplicados os discos de oxacilina. As placas foram incubadas à 30º.C e 35º.C Realizou-se também antibiograma pelo método clássico e cada amostra sensível foi submetida à novo antibiograma utilizando-se as colônias, que cresceram mais próximo ao disco de oxacilina. Esta última técnica também foi usada para induzir expressão de betalactamases nas amostras sensíveis à penicilina. Das 19 amostras analisadas, 7 foram sensíveis à penicilina. Dessas, 3 (42,8%) foram resistentes a este antibiótico, quando retestadas com as colônias mais próximas ao disco. Quanto à oxacilina, 17 foram sensíveis e 2 apresentarm sensibilidade intermediária. Quando retestadas com as colônias mais próximas ao disco, as 2 intermediárias passaram à resistentes e 1 amostra passou de sensível à resistente, enquanto que através dos outros métodos, não houve alteração do perfil de sensibilidade à oxacilina.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, Oxacilina, Resistência, ORSA, Penicilina