XXI ALAM
Resumo:965-3


Poster (Painel)
965-3AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DOS GENES DE RESISTÊNCIA erm(B), tet (M) E tet(L) ENTRE ISOLADOS ALIMENTARES E CLÍNICOS DE ENTEROCOCCUS SP
Autores:Aline Weber Medeiros (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Pedro D’azevedo (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) ; Rebeca Inhoque Pereira (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Daniele Vargas de Oliveira (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Sueli Teresinha Van Der Sand (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Jeverson Frazzon (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ana Paula Guedes Frazzon (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

O gênero Enterococcus compreende bactérias Gram positivas, que normalmente habitam o trato gastrintestinal. Podem estar presentes no solo, água e alimentos. São importantes agentes produtores de alimentos fermentados e algumas espécies são usadas como probióticos. A presença deste microrganismo nos alimentos, por outro lado pode ser considerada uma contaminação, estando envolvidos em processos de deterioração de alimentos. Enterococcus sp. são particularmente relevantes devido a sua associação a infecções hospitalares e facilidade em adquirir mecanismos de resistência através de plasmídios ou transposons, e até mesmo por mutações cromossomais espontâneas. A tetraciclina é um antibiótico bacteriostático de amplo espectro que age inibindo a síntese protéica por se ligar a subunidade 30S . Em Enterococcus sp. são reconhecidos dois grupos de genes que conferem resistência à tetraciclina, um envolvido com a proteção do ribossomo e o outro na expressão de proteínas de membrana. Os genes tet(L) e tet(M) são reconhecidos por conferirem resistência à tetraciclina em isolados de Enterococcus sp., enquanto o gene erm(B) é reportado por ser o gene mais comum de resistência à macrolídeos. Nesse estudo foi avaliada a presença dos genes de resistência tet(L), tet(M) e erm(B) de um total de 136 isolados de Enterococcus sp. provenientes de amostras clínicas e alimentares. Todos os isolados foram previamente identificados em gênero e espécie utilizando ferramentas bioquímicas e moleculares. O DNA dos isolados foi extraído e submetido a PCR dos genes tet(L), tet(M) e erm(B). O gene tet(M) foi encontrado em 24,24% e 43,28% dos isolados de alimentos e clínicos, respectivamente. O gene tet(L) foi estabelecido em 12,85% e 4,47%. Ambos os genes foram estabelecidos em 23,3% dos isolados. O gene erm(B) foi detectado em 45,98% de todos os isolados. Os resultados encontrados reiteram o questionamento sobre a segurança desses microrganismos em alimentos e sustenta a preocupação sobre o potencial patogênico desse gênero no âmbito clínico.


Palavras-chave:  Enterococcus, Resistência, Tetraciclina, Macrolídeos