XXI ALAM
Resumo:961-3


Poster (Painel)
961-3QUANTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA DO SOLO EM SOJA NO PLANTIO DIRETO EM DOURADOS –MS.
Autores:Islaine Caren Fonseca (UNESP-FEIS - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) ; Marcos André Braz Vaz (USP-ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queroz") ; Erica Aparecida de Oliveira Santos (UNESP-FEIS - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) ; Gessí Ceccon (CPAO - Embrapa Agropecúaria Oeste) ; Heloiza Ferreira Alves do Prado (UNESP-FEIS - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”)

Resumo

Bactérias e fungos são os organismos mais ativos na decomposição de compostos no solo, afetando diretamente a disponibilidade de nutrientes para as plantas. O tipo de ecossistema em que está inserido faz com que haja diversidade microbiana, através das diversas transformações microbianas, das diferentes populações que nele ocorrem e pelo tipo de manejo utilizado, podendo assim sofrer algum tipo de interferência qualitativa e quantitativa da microbiota do solo. Em função, das poucas citações na literatura, em relação à quantificação da microbiota do solo nos sistemas de produção de grãos no Cerrado Sul Matogrossense, no plantio direto, este trabalho teve por objetivo quantificar a população fúngica e bacteriana em sistema de plantio direto. As amostragens de solo foram feitas na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados-MS, na profundidade de 0-10 cm, para as safras de 2010/11 e 2011/12 de soja em sucessão aos sistemas de cultivo milho solteiro, milho consorciado com Brachiaria ruziziensis, Brachiaria ruziziensis solteira e feijão caupi, totalizando 24 amostras por safra. Essas amostras, foram processadas no Laboratório de Biotecnologia da Universidade “Julio de Mesquita Filho”, Faculdade de Engenharia, Campus de Ilha Solteira- SP. As análises estatística foram realizadas pelo programa R. Para a quantificação das bactérias e fungos totais, cada amostra foi submetida à técnica de diluição decimal sucessiva em solução salina. Foram plaqueadas em meio PCA e Ágar Sabouraud para contagem de bactérias e fungos, respectivamente. As placas foram incubadas a 35ºC, em BOD, até 48 horas, obtendo-se a contagem de cada grupo microbiano por UFC/g de solo. Na safra 2011/12, a soja sob sucessão ao consórcio apresentou crescimento microbiano de 9,3x105 UFC/g de solo, seguido da sucessão ao milho e feijão caupi com 5,7x105 e 4,9x105 UFC/g de solo, respectivamente, e a braquiaria com o menor índice de 0,15x105 UFC/g de solo, enquanto não houve efeito significativo dos tratamentos na safra 2010/11. Para a população fúngica a safra 2010/11 teve os maiores índices, variando de 223,3 x104 a 3,9x104 UFC/g de solo, na braquiaria solteira, consorcio, feijão-caupi e milho safrinha, e na safra de 2011/12 os tratamentos não diferiram entre si. O que indica que o crescimento bacteriano é inversamente proporcional ao fúngico o que tem relação direta com o maior índice pluviométrico na safra 2010/11, com 293,4 ml nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, tendo assim mais UFC/ g de solo para fungos do que para bactérias e 45,6 ml na safra 2011/12, o que influencia na quantidade dos microrganismos presentes no solo.


Palavras-chave:   bactéria, condições ambientais, fungo, precipitação pluviométrica