XXI ALAM
Resumo:955-1


Poster (Painel)
955-1Descoloração de corantes azo por Rhodotorula mucilaginosa isolada de efluentes têxteis da microrregião de Divinópolis
Autores:Mariana Sousa Vieira (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei) ; Ana Paula Rabelo Silva (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei) ; Alexsandro Sobreira Galdino (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei) ; Paulo Afonso Granjeiro (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei) ; Adriano Parreira (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei) ; Daniel Bonoto Gonçalves (UFSJ - Universidade Federal de São João del Rei)

Resumo

As indústrias têxteis têm contribuído na contaminação ambiental, devido à quantidade de efluente produzido e outros resíduos de baixos níveis de degradação, o que inclui corantes sintéticos utilizados pelo setor. Os processos utilizados atualmente são basicamente químicos, que possuem alto custo e subprodutos muito perigosos, além de não removerem totalmente os corantes. Devido a necessidade de desenvolvimento de uma tecnologia eficaz para remoção dos corantes têxteis, muitos catalogados como mutagênicos, a biodegradação surge como uma solução ambiental limpa e economicamente atrativa para o tratamento de efluentes. Os corantes azo fazem parte da maior e mais utilizada família de corantes sintéticos na indústria têxtil. Esse estudo avaliou a capacidade de descoloração dos corantes Preto Reativo 5 e Vermelho Remazol RB por Rhodotorula mucilaginosa Cx6B, linhagem de levedura isolada de efluente têxtil da microrregião de Divinópolis. Para avaliar a cinética e o potencial de descoloração, a linhagem foi cultivada em frascos Erlenmeyer de 125 mL contendo 25 mL de meio YNB acrescido dos corantes Vermelho Remazol (100ppm), corante Preto Reativo (30 ppm) e glicose. O pH do meio de cultivo foi monitorado, para correlacionar com a oxidação dos corantes resultante da variação de pH e tempo de incubação. R. mucilaginosa Cx6B, foi capaz de descolorir 100% dos corantes utilizados em apenas 24 e 72 horas de cultivo para Vermelho Remazol e Preto Reativo, respectivamente. Verificou-se que apenas 3% da descoloração se deve à oxidação do corante, resultante da variação de pH do meio de 7,0, no inicio do cultivo, até 1,0, após 120h. O presente estudo representa um passo inicial no desenvolvimento de uma tecnologia promissora utilizando cepas não modificadas geneticamente com alto poder de descoloração dos corantes têxteis visando solucionar os problemas ambientais ocasionados pelo setor.


Palavras-chave:  Biorremediação, Descoloração, Corantes azo