XXI ALAM
Resumo:919-2


Poster (Painel)
919-2Produção de colorantes naturais por Penicillium purpurogenum DPUA 1275 por cultivo submerso utilizando farelo de arroz como fonte de carbono
Autores:Valéria Carvalho Santos Ebinuma (USP - Universidade de São Paulo) ; Valker Araújo Feitosa (USP - Universidade de São Paulo) ; Maria Francisca Simas Teixeira (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Adalberto Pessoa Junior (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Atualmente, há interesse na produção de colorantes naturais por plantas ou animais, sendo os de origem microbiana uma alternativa viável. A suplementação do meio de cultivo com nutrientes adequados permite uma rápida e eficiente conversão destes ao produto de interesse. Neste trabalho, investigou-se a produção de colorantes naturais amarelos, laranjas e vermelhos por cultivo submerso de Penicillium purpurogenum DPUA 1275 utilizando farelo de arroz (FA) suplementado com diferentes fontes de nitrogênio. Para tanto, em frascos Erlenmeyers 125 mL contendo 25 mL de meio de cultivo (pH 6,5) adicionaram-se 5 discos da cultura (Ø=8mm) inoculadas em CYA por 7dias/30°C. Os meios de cultivo avaliados foram: CYA líquido otimizado (padrão), FA puro (FP), FA suplementado com extrato de levedura (FE) e com ureia (FU) para uma relação carbono:nitrogênio (C:N) de 16 e pH inicial de 4,5. A concentração inicial da suspensão de FA foi 20% e nesta condição a porcentagem de carbono e nitrogênio foi 45,16 e 2,01%, respectivamente. O cultivo submerso foi conduzido em agitador orbital a 150 rpm/30°C/ 336 horas. Posteriormente, a biomassa foi separada por filtração em papel de filtro para determinação do crescimento celular e da produção de colorantes espectrofotometricamente através da leitura da absorbância a 400, 470 e 490 nm, correspondente à máxima absorção para os colorantes amarelos, laranjas e vermelhos, respectivamente. Os resultados foram expressos em Unidade de Absorbância (UA). Os resultados mostraram que dentre as condições avaliadas, o meio FE foi o que proporcionou os melhores resultados, sendo que não houve produção de nenhum dos colorantes naturais estudados no meio FP e uma baixa produção no meio FU (0,31 UA400nm, 0,26 UA470nm e 0,19 UA490nm) quando comparada a obtida no meio CYA e FE. A máxima produção dos colorantes amarelos ocorreu no meio FE (2,93 UA400nm), 18% superior a obtida no meio padrão. Já para os colorantes laranjas e vermelhos, o meio CYA gerou os melhores resultados: 1,42 UA470nm e 1,27 UA490nm, sendo estes, aproximadamente, 20% superiores aos obtidos no meio FE. O pH final de todas as condições estudadas foi em torno de 7,5, excluindo a condição com a ureia que gerou um pH final de 3,80, o que pode ter sido determinante para a baixa produção no meio FU. Como o meio padrão é uma condição otimizada para a produção dos colorantes naturais, o resultado obtido pelo meio FE se mostra satisfatório e pode-se concluir que o farelo de arroz suplementado com extrato de levedura é um meio alternativo com potencial para ser aplicado na produção de colorantes naturais por cultivo submerso de P. purpurogenum.


Palavras-chave:  colorantes naturais, cultivo submerso, fungo filamentoso, farelo de arroz