XXI ALAM
Resumo:919-1


Poster (Painel)
919-1Avaliação da estabilidade de colorantes extracelulares vermelhos produzidos por cultivo submerso de Penicillium purpurogenum DPUA 1275 em diferentes condições ao longo do tempo
Autores:Valéria Carvalho Santos Ebinuma (USP - Universidade de São Paulo) ; Maria Francisca Simas Teixeira (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Adalberto Pessoa Jr (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Há interesse mundial no desenvolvimento de pesquisas envolvendo a produção e aplicação de colorantes naturais devido a sérios problemas de segurança industrial associados ao uso de colorantes sintéticos em diferentes ramos industriais. A estabilidade da biomolécula é um dos fatores que mais influencia sua aplicabilidade, sendo sua estabilidade em relação ao calor, luz e pH um limitante para sua aplicação em determinados processos industriais. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a estabilidade dos colorantes extracelulares vermelhos produzidos por cultivo submerso de Penicillium purpurogenum DPUA 1275 em termos de pH, temperatura e frente a polímeros. Para tanto, a estabilidade dos colorantes vermelhos foi realizada em tampão Mcllvaine (pHs de 3,0 a 8,0) e carbonato/bicarbonato (pHs 9,0 e 10,0) a 25°C. As temperaturas estudadas foram 25, 30-90 °C a pH 8,0. Ambos os estudos foram realizados nos tempos de 0, 1, 3, 6, 9 e 24 horas. Avaliou-se também a estabilidade dos colorantes na presença de NaCl e Na2SO4 (0,1 e 0,5M) e os polímeros Polietileno glicol [PEG(1000, 6000 e 10000 g/mol)] e Poliacrilato de Sódio [NaPA, 8000 g/mol] em diferentes concentrações [5%, 15% (p/p)] a pH 8,0, 25°C nos tempos de 0, 1, 3 e 6 horas. Os colorantes extracelulares vermelhos foram quantificados espectrofotometricamente através da leitura da absorbância a 490 nm. Em relação ao pH e a temperatura, os colorantes vermelhos mostraram-se estáveis em condições básicas, com destaque para o pH 8,0, e até temperaturas de 60°C. Após 24 horas, para as temperaturas de 70, 80 e 90 °C obteve-se incremento da cor de 24, 47% e 3 vezes superior a inicial. Em nenhuma das condições avaliadas para os sais, estes causaram perda de coloração. Ao contrário, ajudaram na estabilidade das biomoléculas. Para os polímeros, tanto o PEG quanto o NaPA se mostraram inofensivos frente aos colorantes vermelhos. Este é um fato interessante, pois o PEG é um polímero aprovado para consumo interno pela FDA por ser atóxico e biodegradável. Através da análise dos resultados obtidos pode-se concluir que os colorantes extracelulares vermelhos são mais estáveis em condições alcalinas e até temperaturas de 60°C, além de poderem ser administrados juntamente com polímeros em possível aplicação na indústria farmacêutica e de alimentos.


Palavras-chave:  colorantes naturais, fungo filamentoso, estabilidade, cultivo submerso