XXI ALAM
Resumo:916-1


Poster (Painel)
916-1Imobilização da β-xilosidase produzida por Aspergillus niger em distintos suportes covalentes e análise da estabilidade à temperatura dos derivados
Autores:Vivian Machado Benassi (FMRP-USP - Dept. Bioquímica e Imunologia - Universidade de São Paulo) ; Benevides Costa Pessela (CSIC - Instituto de Fermentaciones Industriales) ; José Manuel Guisan (CSIC - Instituto de Catalisis) ; Maria de Lourdes Teixeira de Moraes Polizeli (FFCLRP - USP - Dept. Biologia - Universidade de São Paulo)

Resumo

A aplicação biotecnológica de enzimas requer uma ampla estabilidade durante os processos industriais, sendo essa característica atingida utilizando-se técnicas de imobilização. Neste trabalho realizou-se a imobilização da β-xilosidase produzida por Aspergillus niger sobre suportes covalentes e analisou a termoestabilidade dos derivados. O fungo foi cultivado em meios de cultura Benassi, durante 6 dias, a 30oC, sob condição estática, e a enzima purificada em DEAE-sepharose e Superdex™ 200 foi imobilizada em Glioxil, Trietilamina-Glioxil (TEA-Glioxil), Iminodiacético-Glioxil (IDA-glioxil), Boronato-Glioxil, e glutaraldeído como controle. A atividade foi determinada com p-nitrofenil-β-D-xilopiranosídio 1% em tampão succinato de sódio 100 mM, pH 5,0. Imobilizou-se10mL da β-xilosidase em 1g de suporte, durante 30 minutos, a distintos pH dependendo do suporte, posteriormente, o pH dos suportes foi ajustado para 10,5, por 12 horas. A β-xilosidase imobilizada foi reduzida por borohidreto de sódio 1mg/mL, durante 30 minutos. Posteriormente, o derivado foi lavado com água destilada. A estabilidade térmica foi analisada suspendendo os derivados em tampão succinato de sódio 100 mM, pH 4,5, durante 4 horas a 45ºC e, posteriormente subiu a 50ºC e manteve por 2 horas. A enzima imobilizou-se com uma união superior ao controle ao TEA-Glioxil e ao Boronato-Glioxil com uma atividade residual de 87 e 60%, respectivamente. Entretanto, a enzima teve uma baixa imobilização nos suportes Glioxil e IDA-Glioxil, contudo a atividade no derivado foi de 88%. Em vista disso, objetivou aumentar a imobilização nesses dois suportes aminando a enzima protegendo o sítio catalítico com xilana birchwood 10%. Posteriormente, acrescentou etilinodiamina 1M, pH 4,75, a 4ºC, e carboxidiamida nas concentrações de 10 e 50 mM, durante 90 minutos, dialisando o extrato final, e imobilizando em Glioxil e IDA-Glioxil. Observou que a aminação aumentou a imobilização em Glioxil e manteve 78% da atividade no derivado. Em relação à termoestabilidade, após 4 horas a 45ºC, tanto o glutaraldeído quanto o TEA tiveram uma atividade relativa a 40-50% da inicial, enquanto o Boronato possuiu 80%. Ao subir para 50ºC o TEA manteve a sua atividade referente a 40% da inicial. Conclui-se que todos os suportes destacaram como promissores para a imobilização da β-xilosidase, e obtiveram uma ótima estabilidade térmica.


Palavras-chave:  β-xilosidase, estabilidade, imobilização